O número de desempregados inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), no final de julho, era de 277.466, o “valor mais baixo desde que há registo” (ou seja, desde pelo menos 2003, o início da série atual). São menos 91.238 inscritos do que no período homólogo.
“No final de julho estavam inscritas no IEFP 277.466 pessoas, o valor mais baixo desde que há registo, representando uma diminuição de menos 4.987 pessoas face a junho e menos 91.238 em comparação com o ano passado. Em março de 2021, no pico da pandemia em termos de desemprego registado, estavam 432.851 pessoas inscritas no IEFP, das quais 50.906 jovens”, refere o IEFP no relatório mensal, divulgado esta terça-feira.
No final do último mês, havia 26.670 pessoas com menos de 25 anos inscritas no IEFP, sendo, igualmente, o valor mais reduzido “desde que há registo”, seguindo-se as diminuições em cadeia de 4% (1.100 pessoas), homóloga de 31,2% (12.071 pessoas) e de 6,4% contra julho de 2019 (1.819 pessoas) — último mês de julho antes da pandemia da Covid-19.
Entre junho e julho, o desemprego registado baixou em cadeia em todas as regiões no país — com exceção do Alentejo, onde subiu 1,1%. Ainda em termos regionais, verificaram-se diminuições face a julho do ano passado em todo o país, destacando-se a redução de 52,7% no Algarve.
Todos os grandes setores de atividades registaram descidas homólogas, com o desemprego oriundo do alojamento, restauração e similares a baixar 38,7% contra o mesmo mês de 2021.
Também o número de desempregados de longa duração caiu entre junho e julho, com uma variação de 3,7%, para 132.469 pessoas. Em termos homólogos, este indicador caiu 25,6% face a julho de 2021.
Em nota divulgada pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, a ministra Ana Mendes Godinho defendeu que “é fundamental continuar o caminho da valorização dos trabalhadores através da promoção do trabalho digno”.