A República Democrática do Congo declarou o ressurgimento do surto de ébola depois de identificado um caso relacionado com o surto de 2018-2020, nas províncias de Kivu do Norte e Ituri, o maior e mais longo que o país já viveu, notifica a Organização Mundial de Saúde (OMS).

“Os ressurgimentos de casos de ébola estão a acontecer com mais frequência na República Democrática do Congo, o que é preocupante”, disse Matshidiso Moeti, diretora regional para África da Organização Mundial de Saúde (OMS/África). O último ressurgimento ficou controlado em dezembro de 2021, com 11 casos (oito confirmados e três prováveis) e seis mortes.

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O caso agora identificado é o de uma mulher de 46 anos que morreu no dia 15 de agosto. A mulher deu entrada num hospital de referência de Beni, uma cidade de Kivu do Norte, com outras queixas, mas depois apresentou sintomas compatíveis com a doença causada pelo vírus ébola.

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Duas equipas do Instituto Nacional de Investigação Biomédica da RDCongo confirmaram que se tratava do vírus ébola e que as amostras recolhidas estariam relacionadas com os dos vírus em circulação durante o surto de 2018-2020. Este surto que teve início a 1 de agosto de 2018 e foi dado como terminado a 25 de junho de 2020, teve 3.463 casos e fez 2.280 mortes.

A equipa da OMS no local e as autoridades de saúde da RDCongo identificaram 160 contactos da mulher, que estão a ser monitorizados para ver se desenvolvem sintomas compatíveis com a doença.