Os Estados Unidos criaram um cargo de embaixador geral do Ártico, decisão que mostra a importância atribuída pelos norte-americanos a esta região estratégica também cobiçada pela Rússia e China, perante as alterações climáticas, foi esta sexta-feira divulgado.
Uma região do Ártico pacífica, estável, próspera e cooperativa é de importância estratégica para os Estados Unidos” em particular para “combater as alterações climáticas”, destacou o porta-voz adjunto do Departamento de Estado norte-americano, Vedant Patel.
O Departamento de Estado anunciou em comunicado a criação deste posto, que terá de ser submetida à aprovação do Senado, notícia a agência France-Presse (AFP).
O embaixador irá lidar com questões de segurança nacional, meio ambiente e desenvolvimento no extremo norte, salientou o governo norte-americano.
Atualmente, um diplomata de carreira, Jim DeHart, é o coordenador para o Ártico dos EUA.
No entanto, o anúncio do Departamento de Estado não revelou nenhum nome para o cargo de embaixador.
O anúncio ocorre na véspera de uma reunião do Fórum Internacional do Círculo Polar Ártico, dedicado à Groenlândia, agendada para sábado.
No início deste ano, sete dos oito países membros do Conselho do Ártico, incluindo os Estados Unidos, suspenderam a sua participação após a Rússia assumir a presidência rotativa, devido ao conflito na Ucrânia.
Além da Rússia, o Conselho Ártico inclui os Estados Unidos, Canadá, Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia.
O recuo do gelo no Ártico abre oportunidades económicas e militares significativas graças, em particular, às novas rotas marítimas.
A Rússia também publicou recentemente uma nova doutrina naval na qual diz que deseja fortalecer as suas posições no Ártico, quer economicamente, quer militarmente.
O Ártico aqueceu quase quatro vezes mais rápido que o resto do planeta nos últimos 40 anos, de acordo com um estudo recente.