A premissa era estranha mas, tal como temos visto nas últimas semanas, tudo é estranho neste calendário que tem de albergar um Mundial em pleno inverno: no último dia da janela de transferências, existiam jogos de futebol. E um deles, logo à partida, ajudava a encerrar a sete chaves uma das grandes e principais novelas dos últimos meses.

Esta quinta-feira, dia 1 de setembro, Cristiano Ronaldo estava convocado e novamente sentado no banco de suplentes na visita do Manchester United ao Leicester. Ou seja, tendo em conta que o jogo arrancava às 20h, terminava perto das 22h e que o mercado de verão fechava à meia-noite, a ideia de que o internacional português iria mesmo ficar em Inglaterra e nos red devils tornou-se uma certeza várias horas antes dos segundos decisivos. Até porque, já na véspera, o próprio Erik ten Hag tinha garantido exatamente o mesmo.

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“Ronaldo? Fica, isso está claro. Precisamos de jogadores de qualidade, precisamos de mais para estarmos preparados para disputar todos os jogos, manter a consistência, esse é o nosso desejo”, disse o treinador neerlandês na antevisão da partida frente ao Leicester. Era neste contexto, depois de um verão atípico em que só se apresentou um mês depois dos colegas de equipa, em que foi associado a dezenas de clubes e em que chegou a cogitar um regresso ao Sporting, que Cristiano Ronaldo era suplente pela terceira partida consecutiva.

Com uma reta final de mercado em que garantiu Casemiro e Antony e ainda o guarda-redes Dubravka, o Manchester United defrontava o Leicester vindo de duas vitórias consecutivas e com vontade de prolongar esse quase afastar de fantasmas que tem estado a desenhar. Bruno Fernandes, Elanga e Jadon Sancho eram titulares no apoio a Rashford, Lisandro Martínez e Varane mantinham a dupla no eixo defensivo em detrimento de Harry Maguire e Diogo Dalot, que tem estado num momento de forma assinalável, permanecia no onze.

O Manchester United abriu o marcador ainda dentro da primeira meia-hora, por intermédio de Jadon Sancho: Elanga apanhou a defesa do Leicester desposicionada, soltou Rashford e o avançado inglês assistiu o compatriota, que contornou Danny Ward para atirar para a baliza deserta (23′). A equipa de Ten Hag foi a ganhar para o intervalo e o treinador neerlandês não fez substituições no início da segunda parte, mexendo apenas à hora de jogo para trocar Elanga por Casemiro. Ronaldo entrou pouco depois, já dentro dos últimos 25 minutos para render Sancho, e o resultado não voltou a alterar-se.

No último dia do resto da vida do Manchester United com Cristiano Ronaldo, os red devils voltaram a vencer, somando o terceiro triunfo consecutivo e afastando quase definitivamente os fantasmas das duas primeiras jornadas da Premier League. Resta saber, agora que é certo que vai permanecer em Old Trafford, de que forma vai o capitão da Seleção Nacional contribuir para o futuro da equipa de Erik ten Hag.