O primeiro-ministro, António Costa, não quer avançar com a ideia de criar uma taxa especial relacionada com os lucros obtidos com a forte subida dos preços – a ideia conhecida como “windfall tax“, ou “lucros caídos do céu”, que já avançou em alguns países e que alguns setores do PS apoiam. Segundo as fontes do Governo citadas pelo jornal Público, o chefe do Governo não quer ir nesse sentido.
O ministro da Economia, António Costa e Silva, chegou a defender essa possibilidade – bem como Carlos César, presidente do Partido Socialista. Porém, garante o Público, essa medida não irá constar do pacote de medidas que o Governo irá apresentar na próxima segunda-feira. Esse pacote de medidas deverá, acrescenta o jornal, centrar-se apenas em medidas de apoio às famílias mais carenciadas e mais vulneráveis num contexto de subida rápida dos preços.
O Governo deverá apresentar um segundo conjunto de medidas, mais vocacionadas para as empresas, mas essas ficam para mais tarde – para depois do Conselho Europeu da próxima semana. Mas também aí não haverá qualquer iniciativa de criar um imposto especial sobre os lucros empresariais, garante o jornal. António Costa prefere ir por outra via: dialogar com as empresas e criar incentivos para o reinvestimento dos lucros e benefícios sociais para os trabalhadores.