Já foi divulgado o inventário das dezenas de caixas de documentos encontradas pelo FBI durante as buscas à mansão de Donald Trump em Mar-a-Lago, no estado da Florida. A revelação do conteúdo das caixas é feita um dia depois de a juíza norte-americana Aileen Cannon ordenar que a listagem de inventário fosse tornada pública.
O FBI revelou esta sexta-feira o conteúdo encontrado, que incluía mais de 10 mil documentos do governo norte-americanos e fotografias.
De acordo com a BBC, as buscas de 8 de agosto a Mar-a-Lago permitiram encontrar três documentos marcados como confidenciais, 17 documentos classificados como secretos e sete documentos como “top secret”. Além disso, foram ainda encontradas 28 pastas vazias que tinham a indicação “devolver a pessoal de secretariado/militares”. No caso destas pastas vazias, não é ainda claro que informação é que poderia conter.
Já a listagem da informação obtida pelo FBI mostrada pela Fox News indica ainda que foram encontradas peças de roupa, recortes de jornais e fotografias nas caixas apreendidas.
A defesa de Donald Trump terá alegado que os documentos obtidos durante esta busca seriam documentos pessoais do ex-Presidente norte-americano. Os advogados do empresário norte-americano queixaram-se ainda de que os documentos pessoais de Trump faziam parte de “negociações em curso” com os Arquivos Nacionais, que “subitamente foram transformadas numa investigação criminal”.
Já os advogados do Departamento de Justiça defendem que os documentos recuperados pertencem não a Donald Trump, mas sim à Casa Branca.
Trump revelou que tinha sido alvo de buscas por parte do FBI, queixando-se de que esta entidade tinha invadido o resort em Mar-a-Lago e danificado o cofre que estava na casa. Além disso, através das redes sociais, acusou ainda o FBI de estar a recorrer a buscas para tentar travar uma possível recandidatura de Trump à Casa Branca.
Trump processa governo norte-americano para tentar travar acesso aos documentos de Mar-a-Lago