Muick, Sandy, Candy e Lizzie. Não, não são os nomes dos quatro filhos de Isabel II, mas sim o nome dos seus cães. O amor da Rainha recém-falecida pelos animais foi uma das facetas mais reconhecidas da monarca ao longo da sua vida — a raça corgi, em particular, ficou permanentemente associada à sua figura. Agora, por ocasião da sua morte, uma das perguntas nas mentes dos fãs da família real é o destino que terão os cães da Rainha.

Na semana passada, à revista Newsweek, Ingrid Stewart, biógrafa da família real britânica, já tinha dito que era expectável que os dois corgi Muick e Sandy; Candy, a dorgi (cruzamento de corgi com dachsund); e Lizzie, uma cocker spaniel, ficassem junto da família, possivelmente com os filhos da monarca.

Imagino que os cães fiquem ao cuidado da família, provavelmente do [Príncipe] André, que foi quem lhos ofereceu. O corgi e o dorgi ainda são muito novos” afirmou.

Entretanto, uma fonte próxima do Príncipe André confirmou à BBC que vai ser mesmo assim: “Os corgis voltarão a viver no Royal Lodge com o duque e a duquesa. Foi a duquesa quem encontrou os filhotes que foram oferecidos a Sua Majestade pelo duque”.

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Apesar de divorciados desde 1996, André e Sarah Ferguson mantiveram-se sempre próximos, com a duquesa de York a cimentar a amizade que já então a ligava à Rainha com passeios a cavalo ou a pé, para passear os cães.

Resta saber se Candy, a dorgi, e Lizzie, a cocker spaniel, também vão ficar ao cuidado dos duques de York.

Outra biógrafa, Penny Junor, chegou a admitir um cenário em que os animais pudessem ficar à responsabilidade de membros do staff real, que eram de resto parte integrante dos seus cuidados. “O cuidado com os cães às vezes recai sobre os empregados, mas principalmente para a costureira de confiança da Rainha e assistente, Angela Kelly; e para Paul Whybrew, o braço-direito que foi visto a caminhar com a Rainha e os cães na paródia de James Bond [nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012]”, escreveu a autora em 2018,  no livro All The Queen’s Corgis. “Ambos gostam dos cães, têm acesso à Rainha e dizem que são muito próximos dela” conclui.

Os dorgi, uma raça criada pela Rainha

A paixão de Isabel II pelos cães foi uma das suas imagens de marca. O primeiro corgi , uma fêmea chamada Sue, foi-lhe oferecido com 18 anos, e desde então estima-se que a Rainha tenha tido mais de 30 destes cães, cuja raça ficou para sempre associada à sua figura. A maior parte terão mesmo sido descendentes de Sue, que viveu até 1959:

Este amor da monarca pelos animais acabou mesmo por resultar na criação de uma nova raça de cão: os dorgi. Trata-se de um cruzamento de um corgi com um daschund, mais conhecido por cão-salsicha, e aconteceu quando um dos cães de Isabel II acasalou com Pipkin, o cão da sua irmã, a Princesa Margarida.

O cruzamento provou ser popular junto da família real, que continuou a criação desta raça híbrida. Candy, um dos cães que mantinha atualmente era, justamente, um dorgi.

A criação de animais foi um dos passatempos preferidos da Rainha ao longo de mais de 50 anos. Passatempo esse que manteve até perto do fim da sua vida, quando decidiu parar, por medo que os seus fiéis companheiros ficassem orfãos.

Royal Corgi

Atualizado no dia 12 de setembro às 12h, com a informação de que os corgi da Rainha vão ficar à guarda do Príncipe André