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Depois de um juiz ter decidido, esta terça-feira, que uma série de reuniões foram inválidas, o próximo passo deverá ser o da dissolução do Conselho Municipal de Smolninskoye, em São Petersburgo, que na semana passada aprovou uma moção a pedir à Duma a destituição de Vladimir Putin.
A notícia está a ser avançada pela Reuters, que explica que, além de terem acusado o Presidente russo de traição ao Estado, os deputados imputaram a Putin os danos económicos causados pelas sanções do Ocidente.
Ouça aqui o episódio do podcast “A História do Dia” sobre a contestação interna a Vladimir Putin.
Dmitry Palyuga, um dos membros do Conselho Municipal, revelou que foi multado pelo mesmo tribunal em 785 euros, “por atividade pública destinada a desacreditar as autoridades russas”. Nos próximos dias, pelo menos outros quatro membros do Conselho vão também ser presentes a tribunal.
“É claro que o que está a acontecer agora coincidiu com a nossa agenda”, disse Palyuga à Reuters, a propósito das últimas notícias sobre os avanços de Kiev na região de Kharkiv.
“Muitas pessoas que gostavam de Putin estão a começar a sentir-se traídas. Penso que quanto mais o exército ucraniano tiver sucesso, mais pessoas terão esse sentimento.”
Esta notícia surge um dia depois de ser conhecida uma petição, assinada por pelo menos 85 vereadores e deputados municipais, a pedir a demissão de Vladimir Putin. “Todos estão cansados de Putin, ele interfere com todos, tem de sair”, disse Nikita Yuferev, um dos signatários da petição.
Petição que exige demissão do Presidente russo conta com 85 assinaturas
“Enquanto permanecerem dentro da lei, é pluralismo, mas a linha é muito, muito fina, é preciso ter muito cuidado”, já tinha avisado o porta-voz do Kremlin esta terça-feira.