O líder do PSD, Luís Montenegro, disse esta segunda-feira que deve ser “normalizado o respeito pela vontade dos eleitores” e exortou o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, a utilizar a sua “magistério de influência parlamentar” junto dos seus pares para que seja eleito um vice-presidente indicado pelo Chega (bem como o outro vice-presidente em falta que seria da Iniciativa Liberal).

Luís Montenegro admitiu que apelou a que se votasse no vice-presidente do Chega e que esse mesmo pedido “não encontrou eco de uma forma avassaladora à esquerda e, por ventura, em parte dos deputados do PSD“. E acrescenta: “O que eu lamento“.

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O presidente do PSD diz, no entanto, que “há uma pessoa que tem a responsabilidade de dar uma solução a isto: o presidente da Assembleia da República”. E faz um apelo direto: “Aproveito a ocasião de lançar de forma serena e tranquila, [o apelo a Augusto Santos Silva para que] olhando para a vontade livre e democrática expressa pelos portugueses, aja em conformidade, use o seu magistério de influência parlamentar, sendo ele o primeiro inter pares, para que todos os outros 229 colegas possam respeitar essa regra básica.”

Luís Montenegro insiste que “não há nenhuma razão de diferença política ou ideológica para quebrar aquilo que é uma regra da democracia. Mesmo discordando das ideias. Não posso discordar do BE nem no PCP, mas tiveram o apoio do PSD no passado.”

Montenegro diz que esta defesa do vice-presidente do Chega “não tem nada a ver com aproximações políticas” e “muito menos com coligações”, já que aquilo está a “dizer hoje sobre os dois partidos que estão à direita do PSD, fez no passado com os dois partidos que estão à esquerda do PS”. E reiterou: “O BE e PCP já tiveram vice-presidente da Assembleia com o meu voto.”