Uma troca de tiros, na manhã desta segunda-feira, no complexo da Maré deixou pelo menos três pessoas mortas e obrigou ao fecho de estradas no Rio de Janeiro. A polícia confirma que alguns suspeitos morreram depois de terem sido atingidos a tiro e que a Linha Vermelha — uma das principais no Rio de Janeiro — esteve com a circulação parada na sequência da operação policial, segundo os meios de comunicação locais.

Nas redes sociais há vários vídeos de condutores e passageiros dos carros que circulavam na Linha Vermelha e tiveram de se abrigar atrás dos separadores centrais da estrada, para se protegerem das balas perdidas disparadas nos confrontos.

Segundo o Globo, que cita fonte governamental local, tratou-se de uma operação de urgência depois de ter sido identificada uma tentativa de invasão entre rivais de duas favelas. No local estiveram o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), a Coordenação de Operações e Recursos Especiais, as forças de elite da Polícia Militar e da Polícia Civil do Rio de Janeiro num total de 180 agentes, carros blindados e helicópteros.

Durante quase duas horas houve restrições na circulação também na Linha Amarela depois de começarem a circular vários carros em contramão. Às 7horas locais (11 horas em Lisboa) a Polícia Militar fechou mesmo a Linha Vermelha depois de os suspeitos dos crimes terem começado a correr pela autoestrada e a polícia os tentar intercetar, implicando uma troca de tiros na fuga e tentativa de captura.

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Enquanto isso, quem circulava nas estradas fez o que estava ao seu alcance: tentar esconder-se atrás dos carros ou dos separadores centrais e laterais das estradas.

A operação começou às primeiras horas da manhã pelo que há vários serviços na favela que não abriram esta segunda-feira, entre eles escolas e centros de saúde, por exemplo.

Há menos de uma semana, na final de um campeonato de futebol no Complexo da Maré, na favela Nova Holanda, que colocou frente a frente equipas das favelas Rubens Vaz e Parque União — todas no complexo da Maré — as comemorações foram feitas à base de rajadas de tiros.

Nessa altura, a Polícia Civil brasileira aproveitou as imagens que circularam nas redes sociais como prova para investigação de um inquérito relacionado com o tráfico de drogas no Complexo da Maré.