O duque de Norfolk, que organizou o funeral da rainha Isabel II e que está envolvido na organização da coroação do rei Carlos, está impedido de conduzir durante seis meses por ter sido apanhado a mexer no telemóvel enquanto conduzia, está a avançar o The Guardian.

Mas ninguém pode assistir ao julgamento porque Edward Fitzalan-Howard teve de partilhar detalhes sobre a coroação considerados sensíveis para a segurança nacional como parte do seu argumento para não ficar sem a carta de condução durante esse meio ano.

O duque, que é também conde marechal do Reino Unido, foi mandado parar pela polícia em abril deste ano, no sudoeste de Londres, após ter passado um semáforo vermelho e ter-se cruzado com um carro patrulha. Como Edward Fitzalan-Howard já tinha perdido nove pontos por duas multas de excesso de velocidade em 2019, a redução de mais seis pontos por esta nova infração levaria à suspensão da carta de condução.

A defesa do duque tentou manter a autorização para conduzir, alegando “dificuldades excecionais” em trabalhar sem ela na coroação do rei Carlos III. Edward Fitzalan-Howard partilhou então alguns detalhes secretos sobre o evento para justificar a origem dessas dificuldades — detalhes esses que ainda não foram comunicados sequer à primeira-ministra Liz Truzz ou ao arcebispo de Cantuária, que tradicionalmente preside à comissão responsável pela coroação de um novo monarca.

O tribunal acedeu ao pedido para que a audiência acontecesse à porta fechada, de modo a que esses detalhes sejam mantidos secretos pelo menos até depois da coroação do novo rei. Mas de nada valeram os ditos argumentos porque o duque de Norfolk perdeu mesmo seis pontos na carta de condução e ficou impedido de conduzir.

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