Marcelo Rebelo de Sousa vê com bons olhos o acordo alcançado este sábado na concertação social. O Governo e os parceiros sociais, à exceção da CGTP, chegaram a um acordo de médio prazo em temas como rendimentos, salários e competitividade. De acordo com a agência Lusa, o documento vai ser apresentado este domingo por António Costa.
Alcançado acordo na concertação social que será apresentado por Costa no domingo
Em declarações à imprensa no último dia da visita oficial em Chipre, transmitidas pela RTP3, Marcelo Rebelo de Sousa diz que “é muito importante” o acordo alcançado entre o Governo e os parceiros sociais, especialmente tendo em conta que “está tudo muito instável no mundo e muito instável na Europa”. “E haver algumas plataformas de entendimento entre confederações patronais e o Governo é muito importante nestes próximos anos”, continuou Marcelo Rebelo de Sousa.
“Temos pela frente muitos anos de legislatura, muitos orçamentos, temos uma guerra para terminar e uma recuperação económica para fazer. Há uma gestão de fundos europeus também para realizar e tudo isso em acordo social é completamente diferente do que tudo isso em tensão social entre os parceiros.”
O Presidente sublinha que, neste momento, o acordo é “muito importante, porque há problemas urgentes”, como é o caso do custo da energia ou o custo da vida em geral. “Haver um acerto entre patrões e uma parte dos sindicatos é uma boa ajuda no momento em que esperamos que o ano que vem e os seguintes corram melhor.” E Marcelo sublinha que “é preferível avançar com alguma almofada do que sem almofada nenhuma.” “Este acordo é uma almofada.”
Marcelo Rebelo de Sousa destaca também a flexibilidade do acordo alcançado. “O acordo é móvel, é um acordo feito agora para o futuro”, que para já cobre “as necessidades imediatas que uns e outros têm, salários por um lado e custos de produção por outros.” E, “se for necessário atualizá-lo”, isso poderá acontecer.
CGTP critica acordo de médio prazo sobre rendimentos e destaca menos poder de compra