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Adolescente iraniana morre depois de espancada pela polícia na escola por se recusar a cantar hino pró-regime

Este artigo tem mais de 2 anos

Asra Panahi foi uma de várias adolescentes espancadas pelas autoridades numa escola para raparigas na quarta-feira. Não resistiu aos ferimentos e acabou por morrer dois dias depois.

epa10218282 Participants attend a rally in front of the Iran embassy building in Bucharest, Romania, 01 October 2022. Iran has been facing many anti-government protests following the death of Mahsa Amini, a 22-year-old Iranian woman, who was arrested in Tehran on 13 September by the morality police, a unit responsible for enforcing Iran's strict dress code for women and died while in their custody.  EPA/ROBERT GHEMENT
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Raparigas adolescentes têm assumido um papel central nos protestos pela morte de Masha Amini

ROBERT GHEMENT/EPA

Raparigas adolescentes têm assumido um papel central nos protestos pela morte de Masha Amini

ROBERT GHEMENT/EPA

Asra Panahi, uma jovem iraniana de 16 anos, foi espancada até à morte pelas forças de segurança do Irão por se ter recusado a cantar um hino de apoio ao regime de Teerão.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, o caso aconteceu na última quarta-feira, durante uma ação de patrulhamento a uma escola para raparigas no noroeste do país. Terão então ordenado as estudantes a cantar um hino a elogiar o líder Supremo do Irão, o Aiatolá Ali Khamenei.

Quando estas se recusaram, terão espancado as adolescentes, com várias a irem parar ao hospital ao passo que outras foram detidas, revelou o Conselho de Coordenação das Associações Profissionais de Professores do Irão através de uma mensagem na rede social Telegram. Asra Panhai acabou por não resistir aos ferimentos e morreu na sexta-feira.

As autoridades negaram qualquer responsabilidade pela morte da jovem. Na sequência do caso, um homem, que se identificou como tio de Asra, veio dizer à televisão estatal que esta morreu devido a um problema cardíaco congénito.

O Sindicato dos Professores do Irão já se veio pronunciar, classificando os ataques como “brutais e desumanos”, e pedindo a demissão do ministro da Educação do país.

Este é o mais recente caso de repressão violenta levada a cabo pelas autoridades iranianas, como resposta aos protestos pela morte de Masha Amini às mãos da polícia, em setembro. Na onda de contestação em que o Irão se vê submerso — e que até ao momento levou à morte de mais de 200 pessoas as  adolescentes têm assumido um papel central.

O efeito Mahsa Amini: as histórias de três jovens mortas durante os protestos no Irão

Perante esta realidade, as autoridades iranianas começaram na última semana a realizar rusgas em escolas para raparigas um pouco por todo o país. Vídeos têm circulado nas redes sociais, mostrando as forças de segurança a forçar a entrada nos estabelecimentos de ensino, recorrendo à força e ao uso de gás lacrimogéneo para prender várias estudantes.

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