São João da Madeira acolhe, a partir do próximo dia 04, mais uma edição do Novembro Jazz, desta vez levando à Casa da Criatividade artistas como os portugueses Carlos Bica e Ricardo Toscano, e o brasileiro Amaro Freitas.
Até 25 do mesmo mês, o festival que essa autarquia do distrito de Aveiro lançou em 2018 propõe seis concertos cujo objetivo transversal é promover junto do público diferentes expressões do jazz, enquanto género artístico que, na sua diversidade de estilos, abrange uma oferta para diferentes gostos e classes etárias.
É nessa perspetiva que o programa de 2022 inclui não só espetáculos como os do contrabaixista André Carvalho e da cantora Mimi Froes, como também um concerto “especialmente concebido para bebés”.
Jorge Vultos Sequeira, presidente da Câmara Municipal de São João da Madeira, defende que essas escolhas refletem “um cartaz ambicioso”, com que espera “captar os apreciadores deste género musical e conquistar também novos públicos”.
A recetividade que o evento vem gerando justifica, aliás, que o autarca o considere “uma aposta forte na programação cultural do município”, pelo que afirma: “Esta é uma marca que queremos ampliar e enraizar na cidade, atraindo para o festival também públicos de outros pontos da região”.
O primeiro espetáculo da edição de 2022 do Novembro Jazz é no dia 04, com o pianista brasileiro Amaro Freitas, acompanhado por Jean Elton no contrabaixo e Hugo Medeiros na bateria.
A 10 de novembro, o palco caberá ao contrabaixista e compositor português André Carvalho, e ao seu último álbum, “Lost in Translation”.
Mimo Froes é a artista que se segue, no dia 11, assumindo voz, texto e música, com “um forte humanismo, latente e intimista”. A São João da Madeira levará temas do disco “Vamos Conversar” — que inclui a canção “Não Faz Mal Não Estar Bem”, da banda sonora da telenovela “A Serra” — e canções novas do último álbum “E a cantar”.
No dia 18 o protagonismo será do Ricardo Toscano Quarteto, composto por jovens executantes aos quais o festival atribui “qualidades muito acima da média até num músico maduro”. Essa formação editou recentemente o seu primeiro disco e é apontada como autora de um “jazz mainstream, sem preocupações de inovação e muito menos de experimentação, mas com tais frescura, energia, entrega e personalidade nos temas standards que o Ricardo Toscano Quarteto conquistou a unanimidade do aplauso”.
Para o público infantil, o Novembro Jazz preparou “Flauta doce e os sons de arrepiar”, que a 20 de novembro reunirá diferentes “texturas e expressões” num concerto em que os bebés “agem como parte integrante do espetáculo, assumindo o caráter de agentes ativos e fazendo de cada balbucio uma nova sonoridade, um novo ritmo”.
O último espetáculo do festival, agendado para dia 25, será o do trio Carlos Bica & Azul, que juntará em palco, por um lado, “um dos mais internacionais músicos de jazz portugueses e referência incontornável do jazz europeu”, e, por outro, os dois “exímios músicos” que são o guitarrista alemão Frank Möbus e o baterista norte-americano Jim Black.