Viktor Cherkesov, antigo aliado de Vladimir Putin, morreu esta quarta-feira, aos 73 anos, informou o deputado russo Alexander Khinstein na rede social Telegram. Sem adiantar qual a causa da morte, Khinstein lamentou o desaparecimento do ex-diretor do Serviço Federal de Controlo de Drogas da Rússia, descrevendo-o como uma pessoa “maravilhosa” e um “verdadeiro estadista”.

Cherkesov, um ex-espião do KGB, foi responsável pelas sedes dos serviços secretos em Leningrado e São Petersburgo, ocupando a partir do final dos anos 90 um lugar de topo na hierarquia da FSB (que substitui o KGB), quando Putin era diretor. Durante esse período, tornou-se um dos seus amigos mais próximos, mas veio a cair em desgraça quando, em 2007, criticou publicamente a agência de segurança através de um artigo publicado no diário Kommersant.

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Segundo conta a BBC Rússia, Putin, que tinha sido eleito Presidente em 2000, não ficou contente com a publicação em que Cherkesov afirmava que os agentes estavam a enriquecer como “comerciantes”, considerando-a inapropriada. No ano seguinte, removeu Cherkesov da direção do Serviço Federal de Controlo de Drogas da Rússia e passou-o para a Agência Federal de Fornecimento de Armas. Em 2010, foi novamente afastado mas sem que lhe fosse atribuído um novo cargo.

Cherkesov tornou-se deputado na Duma, mas nunca mais foi visto com Putin.

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