Treze pessoas foram condenadas na quinta-feira pelo envolvimento num motim durante o funeral do kudurista angolano “Nagrelha”, anunciou esta sexta-feira a Polícia Nacional de Angola.

A condenação surgiu dois dias depois de a Polícia Nacional de Angola ter detido 14 jovens suspeitos de vandalismo, “quando, alegadamente, participavam do funeral do músico “Nagrelha” dos Lambas“, realizado na terça-feira, e ao qual acorreram milhares de pessoas.

Os distúrbios começaram quando os suspeitos se dirigiam ao cemitério da Santana onde decorria o funeral, e no caminho “começaram a vandalizar tudo que encontravam”, incluindo viaturas particulares e das autoridades, postos de energia e lojas, bem como a assaltar os transeuntes.

“Tudo pelo kuduro”. Emoção e caos num dos maiores funerais de sempre em Angola: o do músico “Nagrelha”

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“Tendo em conta o cordão policial que foi criado naquela zona, a polícia imediatamente procedeu à detenção dos então presumíveis autores, que, na sequência, foram encaminhados ao Ministério Público para julgamento sumário”, lê-se numa nota.

Os autores do crime foram condenados a penas de dez a 30 dias de prisão efetiva e ao pagamento de emolumentos de 5.000 kwanzas (cerca de 10 euros), para o defensor oficioso e uma taxa de justiça de 15.000 kwanzas (28 euros) cada.

O funeral do famoso kudurista ficou marcado por tumultos junto ao cemitério, levando a polícia a intervir para dispersar o enorme aglomerado humano com gás lacrimogéneo e disparos com balas de borracha que lançaram o pânico entre a multidão.

Durante a debandada, um menor morreu e 33 pessoas ficaram feridas durante os incidentes ocorridos no funeral, incluindo 16 polícias.