Uma equipa da BBC foi impedida de entrar no estádio Al Bayt, em Doha, antes do jogo entre Inglaterra e Estados Unidos, tudo porque um dos membros da equipa de reportagem estava a usar uma bracelete de relógio com as cores do arco-íris.

Quem o conta é a própria jornalista da BBC, Natalie Pirks, que no Twitter relatou o incidente.

De acordo com a jornalista, o repórter de imagem que a acompanhava foi abordado à entrada do estádio quando tentava entrar com a bracelete colorida, que teria sido um presente do filho. “Claramente a FIFA AINDA NÃO está a receber a mensagem”, criticou Pirks na rede social.

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Após falarem ao telefone com uma linha de emergência para pessoas com dificuldades em entrar nos estádios, os jornalistas acabaram por ser admitidos dentro do recinto.

Este é apenas o exemplo mais recente das restrições impostas pela organização do Campeonato do Mundo a qualquer tipo de adereços que possam ser alusivos à causa dos direitos da comunidade LGBTQIA+. Já na terça-feira, antes do jogo entre Argentina e Arábia Saudita, as autoridades confiscaram uma bandeira do estado brasileiro de Pernambuco que um grupo de adeptos envergava, já que a bandeira contém um arco-íris.

A polémica inclusive estendeu-se às próprias seleções nacionais quando, na última semana, a FIFA proibiu os capitães de várias equipas de usarem braçadeiras arco-íris com a mensagem “One Love” (Um Amor) inscrita, num protesto contra as violações de direitos humanos do Qatar. O caso levou já levou a federação da Dinamarca a ameaçar sair do organismo que tutela o futebol.

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