Uma equipa da BBC foi impedida de entrar no estádio Al Bayt, em Doha, antes do jogo entre Inglaterra e Estados Unidos, tudo porque um dos membros da equipa de reportagem estava a usar uma bracelete de relógio com as cores do arco-íris.
Quem o conta é a própria jornalista da BBC, Natalie Pirks, que no Twitter relatou o incidente.
Just arrived at the Al Bayt stadium for England’s game and my cameraman, wearing the rainbow coloured watch strap his son got him, was stopped by security and refused entry. Clearly the message from FIFA is STILL not getting through. pic.twitter.com/BiBkV8fRgq
— Natalie Pirks (@Natpirks) November 25, 2022
De acordo com a jornalista, o repórter de imagem que a acompanhava foi abordado à entrada do estádio quando tentava entrar com a bracelete colorida, que teria sido um presente do filho. “Claramente a FIFA AINDA NÃO está a receber a mensagem”, criticou Pirks na rede social.
Após falarem ao telefone com uma linha de emergência para pessoas com dificuldades em entrar nos estádios, os jornalistas acabaram por ser admitidos dentro do recinto.
Este é apenas o exemplo mais recente das restrições impostas pela organização do Campeonato do Mundo a qualquer tipo de adereços que possam ser alusivos à causa dos direitos da comunidade LGBTQIA+. Já na terça-feira, antes do jogo entre Argentina e Arábia Saudita, as autoridades confiscaram uma bandeira do estado brasileiro de Pernambuco que um grupo de adeptos envergava, já que a bandeira contém um arco-íris.
A polémica inclusive estendeu-se às próprias seleções nacionais quando, na última semana, a FIFA proibiu os capitães de várias equipas de usarem braçadeiras arco-íris com a mensagem “One Love” (Um Amor) inscrita, num protesto contra as violações de direitos humanos do Qatar. O caso levou já levou a federação da Dinamarca a ameaçar sair do organismo que tutela o futebol.
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