A qualidade do ar que se respira em Londres tem vindo a melhorar muito na última década, fruto de uma série de medidas, do banir dos carros mais velhos e poluentes do centro da cidade à necessidade de pagar uma taxa para aceder à capital. Apesar de se estar longe do terrível smog que afectou a cidade nos anos 50, a realidade é que as concentrações de óxidos de azoto (NOx) e de partículas ainda são elevadas, o que levou o presidente da câmara, Sadiq Khan, a limitar ainda mais o tipo de veículos autorizados a aceder a Londres.

No mapa surge assinalada a zona central de Londres, bem como a zona criada exclusivamente para os veículos de baixas emissões 

A expansão do que os britânicos apelidam Ultra Low Emissions Zone (ULEZ) foi anunciada, mas a medida só entrará em vigor em Agosto de 2023, com o objectivo de melhorar a qualidade do ar que respiram mais 5 milhões de londrinos, a juntar aos que já eram beneficiados anteriormente, essencialmente os que habitavam e se deslocavam no centro da cidade. A medida que vai ser implementada no próximo ano passa a abranger a totalidade dos bairros londrinos – que é apelidado de “Great London” –, o que equivale a praticamente toda a cidade, que conta hoje com quase 9 milhões de habitantes.

Os veículos que podem circular na ULEZ, ou seja, os que respeitam os limites impostos pela regulamentação Ultra Low Emissions (ULE), são os equipados com motores de combustão a gasolina que cumpram a norma Euro 4 (para os NOx), bem como os que recorrem a motores a gasóleo de acordo com a Euro 6 (para NOx e partículas), entre carros e furgões comerciais. Também os camiões com mais de 3,5 toneladas e os autocarros com mais de 5 toneladas têm de respeitar a norma ou, então, pagar 12,5 libras por dia (cerca de 14,50€), como qualquer veículo que não respeite os parâmetros da ULEZ.

Segundo o presidente da câmara, a medida prevê uma verba de 110 milhões de libras destinada a reduzir o impacto nas pessoas mais vulneráveis e nos pequenos comerciantes, sendo que Sadiq Khan antecipa ainda um maior número de autocarros para servir os subúrbios, que constituirão as áreas mais afectadas pela impossibilidade de os veículos mais antigos e poluentes circularem livremente. Os técnicos da câmara prevêem que 160.000 automóveis de passageiros e 42.000 furgões comerciais passem a ter de pagar a taxa de acesso à ULEZ, por as suas emissões estarem acima da norma.

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