Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Bósnia e da Moldávia assinalaram esta quarta-feira a importância da NATO para a sua segurança nacional num contexto de ameaça russa, apesar de não serem membros da Aliança.
Estas declarações foram feitas pelos dois governantes à entrada do segundo e último dia de reunião do Conselho do Atlântico Norte que decorre em Bucareste, capital da Roménia, ao nível dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Aliança Atlântica.
Presentes pela primeira vez numa ministerial de Aliados — como convidados uma vez que não integram a NATO — a ministra dos Negócios Estrangeiros da Bósnia-Herzegovina, Bisera Turkovic, realçou a importância deste convite “considerando a situação nos Balcãs” e o momento atual da ofensiva da Rússia à Ucrânia.
A ministra afirmou que os Balcãs ocidentais estão “muito preocupados com o futuro” e que a NATO é “extremamente importante” para a segurança do país, afirmando ter “grandes esperanças” neste encontro.
Já o ministro dos Negócios Estrangeiros e da Integração Europeia da Moldova, Nicu Popescu, defendeu que o país “precisa de amigos” e de “maneiras de fortalecer a sua resiliência”, salientando, no entanto, que a Moldova não tem intenções de se juntar à NATO.
O governante ressalvou que a Constituição do país estabelece a neutralidade e que neste momento não existe qualquer discussão no Governo ou no parlamento para rever este texto, mas defendeu que isso não significa “isolamento, não significa desmilitarização ou indiferença face ao que se passa no mundo”.
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Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Geórgia, Moldova e Bósnia-Herzegovina juntam-se esta quarta-feira aos chefes da diplomacia da NATO no último dia desta ministerial que terá como ponto alto a conferência de imprensa do secretário-geral, Jens Stoltenberg.
Os chefes da diplomacia da NATO comprometeram-se na terça-feira a apoiar a Ucrânia enquanto repara a sua infraestrutura energética atingida pelos bombardeamentos russos e permitir que a população enfrente o inverno em melhores condições.
“Os aliados vão ajudar a Ucrânia enquanto repara a sua infraestrutura energética e protege a sua população dos ataques com mísseis”, indicaram os ministros na declaração aprovada no final do seu primeiro dia de reunião em Bucareste.