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Após dez meses de guerra a cidade de Bakhmut, na região do Donetsk, continua a resistir os ataques russos, apesar de ser atualmente o “ponto mais quente” na linha da frente, afirmou o Presidente ucraniano.
São “mais de 1300 quilómetros de confrontos ativos”, onde, segundo Volodymyr Zelensky, as forças ucranianas continuam a fazer frente aos militares russos. “Desde maio, os invasores têm tentado quebrar Bakhmut, mas o tempo passa e a cidade já está a quebrar. Não só o exército russo, mas também os mercenários russos que vieram substituir o exército“, afirmou.
No habitual discurso, o chefe de Estado avançou que a Rússia já perdeu quase 99 mil militares na Ucrânia, número que “em breve” deverá chegar aos 100 mil. “E para quê?”, questiona, afirmando que “ninguém em Moscovo” consegue dar a resposta a esta pergunta.
“Eles fazem a guerra e desperdiçam vidas, as vidas de outras pessoas, não as das pessoas que amam, nas suas próprias vidas, mas a de outros, apenas porque um grupo no Kremlin não consegue admitir os erros e tem medo da realidade”, afirmou.
Nas direções de Bakhmut, Soledar, Maryinka e Kreminna, no Donbass (composto pelas regiões de Lugansk e Donetsk), as forças russas continuam a queimar tudo à sua frente. Perante o cenário de guerra, Zelensky aponta como tarefa chave “garantir” que os aliados aumentam o apoio à Ucrânia no próximo ano, numa altura em que se prevê o início de uma ofensiva russa nos primeiros meses de 2023.
Ucrânia alerta que Rússia está a preparar grande ofensiva no início do ano
Esta segunda-feira ficou marcada por novos ataques russos com drones, que atingiram a capital e outros territórios vizinhos e deixaram alguns ucranianos sem acesso a eletricidade. O líder ucraniano aponta que a Rússia voltou a recorrer a drones iranianos Shaheds, a maior parte deles de um novo lote de armas enviadas por Teerão a Moscovo. Segundo as autoridades ucranianas, foram abatidos 3o Shaheds, notícias que “melhoraram um pouco a manhã”.
A Ucrânia continua a contar com a implementação de mais sanções à Rússia e no fornecimento de mais sistemas de defesa antiaéreos dos aliados para combater a invasão russa, que já se prolonga há quase dez meses.