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Casualties Mount On Both Sides As Battle for Bakhmut Rages On
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Na região de Donbass é previsível a manutenção de duas frentes: a de Bakhmut, por um lado, e a do eixo Svatove-Kreminna, por outro

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Na região de Donbass é previsível a manutenção de duas frentes: a de Bakhmut, por um lado, e a do eixo Svatove-Kreminna, por outro

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Para onde vai a guerra? Bakhmut, Svatove e Kreminna são paragens obrigatórias. Falta de combustível atrasa batalhas

Rússia precisa de Bakhmut para circular à vontade pela região. E Svatove e Kreminna são ligação às principais estradas. O orgulho do Grupo Wagner também determina a escolha do campo de batalha.

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“Aqueles que falam sobre uma pausa na guerra por causa das temperaturas geladas do inverno nunca tomaram banhos de sol na Crimeia em janeiro.” A ironia do Ministério da Defesa ucraniano serve um propósito: mostrar que o exército não vai encolher-se por causa do frio, do gelo ou da neve. É que na Crimeia, em janeiro, o sol desaparece por volta das cinco e meia da tarde e as temperaturas oscilam entre os 8ºC e os -5ºC. Com uma previsão meteorológica assim, ninguém terá disposição para se esticar numa espreguiçadeira em janeiro, mesmo que habituado a temperaturas de apenas 22ºC em agosto.

Se o gelo não trava o conflito, quais são as frentes de batalha mais quentes durante o inverno que se aproxima? Tudo aponta para que a principal seja na bacia do rio Donets, a região conhecida por Donbass e que engloba os oblast de Donetsk e Lugansk. Ali, desde 2014, ucranianos e separatistas pró-russos defrontam-se todos os dias, sem pausa na troca de tiros. A partir de 24 de fevereiro, dia em que Vladimir Putin ordenou a invasão da Ucrânia, o Donbass tornou-se a principal ambição dos russos, pretendendo Moscovo dominar a totalidade da região — um objetivo que nunca conseguiu alcançar.

Apesar disso, o exército de Moscovo tem feito incursões por várias regiões da Ucrânia, como aconteceu com a batalha de Kiev, logo no início da guerra, ou a de Kharkiv, da qual os ucranianos saíram vencedores em maio, ou ainda a longa batalha por Kherson. Esta última cidade, capital do oblast com o mesmo nome e a única capital de província que os russos conseguiram tomar, foi libertada a meio de novembro, depois de oito meses de ocupação. Se a cidade regressou às mãos de Kiev, o resto do oblast, na margem esquerda do rio Dnipro, continua sob controlo russo.

Ali, na região de Kherson, sul da Ucrânia, o conflito deverá continuar, mas com o rio Dnipro a complicar avanços de qualquer das partes. À população pede-se que abandone as suas casas, enquanto as bombas caem diariamente destruindo os edifícios que ainda estão de pé.

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Na região de Donbass é previsível a manutenção de duas frentes, estas com combates ferozes: a de Bakhmut e a do eixo Svatove-Kreminna. Em Bakhmut combate o Grupo Wagner, mercenários que lutam ao lado dos russos, e que tem obtido melhores resultados na guerra do que as forças lideradas pelas altas patentes do exército. Assegurar vitórias ali é também uma questão de honra, de mostrar que são capazes de feitos militares inantingíveis pelas Forças Armadas da Federação Russa. Ao criador do grupo de mercenários, o oligarca russo Yevgeny Prigozhin, garante-lhe mais poder nos corredores do Kremlin.

Dos cachorros-quentes aos mercenários Wagner. O cozinheiro de Putin ganha poder no Kremlin e o seu exército é ainda fundamental na guerra

A estrada que se desenha entre Svatove e Kreminna, 50 quilómetros quase sem curvas, é um eixo fundamental: permite o acesso dos russos às principais vias rodoviárias e será defendida a todo o custo. Da mesma forma, os ucranianos tudo farão para tentar recuperá-la. Acresce um pormenor: os mais de 30 mil soldados que retiraram de Kherson de forma ordeira foram deslocados para o Donbass, engrossando as fileiras russas onde é preciso aumentar o número de mobilizados.

Kherson, uma cidade debaixo de fogo

Situação atual: cidade recuperada por Kiev, mas ao alcance da artilharia do exército russo que retirou para a outra margem do rio. Russos mantêm bombardeamentos constantes.

O que se espera: que os ucranianos tentem atravessar o rio, apesar da dificuldade, para obrigarem à retirada das tropas russas.

Kherson Emerges From Eight Months Of Russian Occupation

Kherson esteve durante 8 meses sob ocupação russa. O exército de Moscovo retirou-se em novembro

Getty Images

“Os russos tomaram uma decisão inteligente ao sair de Kherson”, diz ao Observador Vikram Mittal, professor da Academia Militar dos Estados Unidos, em West Point.

Os soldados estavam mal treinados e com o moral em baixo, o que fazia prever que “a Batalha em Kherson teria sido uma luta urbana confusa e com muitas baixas”. Além disso, durante a evacuação da cidade, os russos explodiram as pontes sobre o rio Dnipro, uma manobra que considera inteligente.

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“Para os ucranianos atravessarem o rio, têm de realizar uma operação de ponte”, explica o militar norte-americano na reserva. Isto significa que os engenheiros militares são obrigados a construir uma passagem sobre o rio, debaixo de fogo inimigo, e com os materiais existentes no local. “Esta é uma manobra muito difícil que requer treino e recursos substanciais. A operação de ponte deve ser rápida e seria feita sob fogo de artilharia dos russos. Mesmo que os ucranianos consigam construir uma ponte sobre o rio Dnipro, vão sofrer pesadas baixas”, assegura Vikram Mittal.

O analista militar britânico Michael Clarke acredita que o Kremlin está à espera que os ucranianos atravessem o Dnipro, apesar de ser uma operação complicada, como referiu Vikram Mittal. Na Sky News, Michael Clarke mostrou um mapa do Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, sigla em inglês) para ilustrar a sua ideia. A forma como o exército se posicionou, cavou trincheiras e construiu fortificações mostra qual é a expectativa russa: “Estão à espera que os ucranianos atravessem o rio, provavelmente na zona de Nova Kakhovka”, onde existe uma barragem.

[Os triângulos são fortificações russas]

mapa ISW

Posições defensivas e fortificações russas em Kherson a 27 de novembro. Mapa de George Barros para o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW)

“Fortificaram todas as linhas de comunicação”, explica o antigo diretor-geral do Royal United Services Institute (RUSI), think tank de defesa e segurança. “Os russos retiraram tantos soldados de Kherson para enviar para o Donbass que as forças que ficaram são relativamente ligeiras, por isso, precisam de fortificações.” Um mapa muito “interessante”. defende Clarke, já que mostra o que preocupa os russos.

Com o Dnipro pelo meio, esta barreira natural poderia tornar-se uma fronteira duradoura entre os dois exércitos. Mas para conseguir travar o uso da artilharia pesada russa, a Ucrânia precisa de empurrar os adversários para uma distância de 30 quilómetros e não consegue fazê-lo estando na margem oposta. É por isso que o Kremlin está atento à possibilidade de o rio ser cruzado tão cedo quanto possível.

Como vários analistas explicaram ao Observador, a cidade de Kherson foi libertada, mas está dentro do alcance da artilharia russa. Desde a retirada de 11 de novembro, a Rússia bombardeia diariamente a cidade, tal como já tinha feito em Kharkiv, depois de perder essa batalha. Só parou quando o exército de Kiev obrigou as suas tropas a recuar. As notícias mais recentes dão conta de que os principais alvos são as infraestruturas que garantem a distribuição de energia.

Bakhmut, o orgulho do Grupo Wagner

Situação atual: Bakhmut (Donetsk) está em ruínas e a artilharia pesada tem atingido edifícios que já estavam destruídos. É um sugadouro de soldados, armas e munições.

O que se espera: os russos, neste caso o Grupo Wagner, devem continuar a fazer avanços, mesmo que mínimos, para cercar a cidade e capturá-la.

Casualties Mount On Both Sides As Battle for Bakhmut Rages On

Os números de baixas não são claros, nem do lado russo, nem do lado ucraniano. Kiev garante que Moscovo tem perdido muitos soldados em Bakhmut

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A 3 de dezembro, o Ministério de Defesa britânico escrevia aquilo que muito analistas já tinham previsto. A Rússia quer cercar Bakhmut, pelo norte e pelo sul, mesmo que capturar a cidade da região de Donetsk tenha um valor mais simbólico do que estratégico. Mas, nesta altura, Vladimir Putin precisa desesperadamente de vitórias. Apesar de tudo, defendia-se no relatório, tomar Bakhmut poderia ajudar a capturar as cidades de Kramatorsk e Sloviansk, que os ucranianos reconquistaram no verão. Falta um detalhe: os russos não conseguiram segurar Izium, o que daria mais sentido estratégico à conquista de Bakhmut.

Assim, dificilmente o Presidente russo alcançará o desejado sucesso.

“Vladimir Vladimirovich, és um homem ou quê?”. As mães dos soldados russos começam a fazer perguntas

“Bakhmut é um importante nó de transporte na região, portanto, se o exército russo quiser andar livremente pela região, precisa de capturar a cidade”, explica Vikram Mittal ao Observador.

O professor de West Point deixa um alerta: os russos sofreram perdas substanciais nos arredores e sofrerão um número muito alto de baixas se tentarem tomar Bakhmut. “Não está claro se essas baixas elevadas e as perdas de equipamentos valem a pena. No entanto, o exército russo parece estar empenhado em tentar capturar Bakhmut.”

"Bakhmut é um importante nó de transporte na região, portanto, se o exército russo quiser manobrar livremente pela região, precisa capturar a cidade. No entanto, os russos sofreram perdas substanciais nos arredores e sofrerão um número muito alto de baixas na sua tentativa de tomar Bakhmut."
Vikram Mittal, militar na reserva e professor da Academia Militar dos EUA, em West Point

Dos cachorros-quentes aos mercenários Wagner. O cozinheiro de Putin ganha poder no Kremlin e o seu exército é ainda fundamental na guerra

Vikram Mittal acredita naquilo que muitos analistas militares defendem: os russos irão concentrar os seus esforços no Leste da Ucrânia, especialmente em Donetsk. “Atualmente, estão a fazer um progresso lento, mas, para proteger a região, precisam de capturar cidades-chave, incluindo Bakhmut, e repelir os militares ucranianos vindos do oeste.”

O Donbass, recorda o professor, “tem sido o principal esforço para os militares russos” depois de falharem em Kiev e “nunca desviaram o foco das suas tentativas de ocupação da região”. No entanto, os ganhos têm sido lentos.

Bakhmut é um alvo constante, ao ponto de se ter tornado numa cidade fantasma, completamente destruída. Há quatro meses consecutivos que tropas russas e ucranianas travam batalhas sangrentas para garantir o controle da cidade com 41 km2, o equivalente à área urbana do Porto. Os escombros, cujas imagens inundam as redes sociais, têm valido muitas comparações à Batalha de Verdun (1916, Alemanha versus França), a mais longa batalha da I Guerra Mundial na frente ocidental.

Não é por acaso que Volodymyr Zelensky falou em Bakhmut mais do que uma vez, sempre para lembrar o quão duros são os combates naquela região. O Presidente ucraniano chegou a assumir, em outubro, que aquela era a mais difícil de todas as batalhas do Leste. Nada mudou desde então. Na semana passada, quem chamou a Bakhmut o “epicentro das batalhas” foi o porta-voz do ministro da Defesa Oleksiy Reznikov, em declarações à CNBC.

Na perspetiva do Kremlin, esta é uma das poucas zonas em que as ofensivas russas dão frutos e várias organizações internacionais confirmam os avanços russos na região. Na Sky News, Michael Clarke descreveu a batalha de Bakhmut como “muito feroz”, explicando que Moscovo tenta atacar pelo leste e pelo norte tendo feito avanços a partir do sul da cidade na última semana de novembro.

Já o Instituto para o Estudo da Guerra, embora reconheça nos seus relatórios diários os ganhos russos, considera que tomar Bakhmut não compensa as perdas de soldados e veículos militares, principalmente depois de os ucranianos terem recuperado Izium.

“Mesmo que os russos continuem a avançar na direção de Bakhmut, e mesmo que forcem a Ucrânia a uma retirada controlada da cidade, Bakhmut oferece poucos benefícios operacionais”, lê-se no relatório do think tank de 30 de novembro. “Os custos associados a seis meses de combate brutal e desgastante em torno da cidade superam em muito qualquer vantagem operacional que os russos consigam obter ao tomar Bakhmut”, escrevem os analistas Karolina Hird, Riley Bailey, Madison Williams, Yekaterina Klepanchuk e Frederick W. Kagan.

Há outro pormenor em Bakhmut. A cidade tornou-se numa espécie de buraco negro que consome soldados, armas e munições, segundo relatos de soldados no terreno, citados pelo New York Times. Todos os dias morrem cerca de 100 homens de cada lado, a fazer fé nas informações ucranianas e russas — que nunca são confirmadas pelo outro lado das trincheiras.

Do lado russo, muitos dos militares deslocados de Kherson estão a chegar a Bakhmut, mas não são os únicos. O Grupo Wagner está a recrutar soldados nas prisões em troca de perdão da pena.

Yevgeny Prigozhin, o oligarca que criou o grupo de mercenários em 2014, é claro quanto às regras. Quem aceitar tem de ir para a frente da batalha. Se tentar recuar, morre. Se não cumprir ordens, morre. Se se render, morre. Se, no final de tudo, conseguir sobreviver, torna-se num homem livre. Esta é a explicação que tem dado nas prisões russas, com imagens dos seus discursos a ser divulgadas nas redes sociais.

E é esse modus operandi que o Grupo Wagner usa em Bakhmut: à frente seguem os prisioneiros, sem qualquer hipótese de retirada.

São lançados para a linha da frente e abatidos. Grupo Wagner usa prisioneiros como iscos humanos

Além da falta de soldados, também as munições estão a chegar ao fim, com notícias de que a Rússia está a tentar negociar com o Irão e a Coreia do Norte, enquanto a Ucrânia continua a pedir aos aliados que enviem mais e mais armamento.

Gastá-las em Bahkmut significa que não vão estar disponíveis para outras frentes de batalha. “Nos seis meses que estou em Bakhmut, nunca vi a nossa artilharia a trabalhar assim”, contou um soldado ucraniano ao New York Times, referindo-se à quantidade de munições disparadas todos os dias.

O Instituto para o Estudo da Guerra considera que a Rússia nada aprendeu com batalhas anteriores: “Os esforços em redor de Bakhmut mostram-nos que as forças russas não aprenderam com campanhas anteriores nas quais tiveram muitas baixas em objetivos onde a importância operacional ou estratégica era limitada.”

Todos os caminhos vão dar a Svatove-Kreminna

Situação atual: contra-ofensiva ucraniana mantém-se ao longo da linha Svatove-Kreminna (Lugansk) com alguns avanços. Se forem libertadas, exército russo terá problemas graves de abastecimento das suas tropas.

O que se espera: que Ucrânia aposte tudo na retirada russa, aproveitando o gelo para avançar no terreno.

A paramedic attends to an injured solider at a medical point

Militar ucraniano num posto médico improvisado. As tropas ucranianas continuam a contra-ofensiva, mas enfrentam forte resistência em Svatove e Kreminna (Lugansk)

SOPA Images/LightRocket via Gett

Se em Bakhmut (Donetsk) os russos têm vantagem, na linha Svatove-Kreminna (Lugansk) são os ucranianos que dominam o avanço no terreno através de contra-ofensivas em catadupa. Tal como na outra cidade do Donbass, também ali se esperam combates ferozes, já que a vontade dos russos de dominarem este eixo é proporcional à vontade dos ucranianos de o defenderem. O motivo? Todos os caminhos vão dar a Svatove-Kreminna e dali saem as principais vias rodoviárias que permitem à Rússia abastecer as suas tropas na região do Donbass.

“A contra-ofensiva ucraniana avançou profundamente na região de Kharkiv”, província vizinha de Lugansk, explica o major na reserva Vikram Mittal. “A linha de controle entre russos e ucranianos passa por Svatove e Kreminna e, por isso, os ucranianos precisam de tomar essas cidades para continuar a contra-ofensiva no Leste.” Além disso, explica o veterano norte-americano, “Svatove e Kreminna são os principais nós de transporte com as principais rotas rodoviárias”. Se os ucranianos capturarem essas cidades, “limitarão a capacidade russa de reabastecer as suas operações no Donbass”.

Se a logística é importante em qualquer momento do ano, com o frio, temperaturas negativas e a crise energética instalada, tudo é mais complicado. A falta de combustível, por exemplo, pode mesmo atrasar batalhas, porque não há como transportar as tropas.

“O inverno traz um grande desafio logístico. Ambos os lados precisam de um suprimento constante de combustível para as suas linhas de frente para permitir que os soldados se mantenham aquecidos. Ambos os lados têm problemas de moral, e isso vai piorar durante o inverno”, arrisca dizer Vikram Mittal. Os russos, diz o professor da Academia Militar norte-americana, têm lutado com a logística e, à medida que os ucranianos conquistam as rotas de reabastecimento, “tudo se torna mais desafiador”.

“Não se faz guerra em cima do gelo com facilidade. Apesar disso, prefiro neve à lama, porque, com o equipamento devido, os veículos deslocam-se em cima da neve. A lama é horrível, os carros enterram-se e pouco há a fazer.”
Major-general Bacelar Begonha (na reserva), especialista em segurança internacional

O major-general Bacelar Begonha também aponta o problema da logística. “A Ucrânia já decidiu que vai resistir e fala em distribuir aquecimentos pelos soldados na frente”, diz ao Observador. No entanto, fazer chegar esses equipamentos ou outros mantimentos aos soldados não é missão fácil. “Cada militar tem de ter uma ração por dia, se forem 100 mil soldados no terreno são 100 mil rações por dia que têm de seguir por terra”, ou seja, um pesadelo logístico para qualquer exército do mundo.

O inverno é outro fator que terá implicações na batalha, defende o militar português. “Neste momento, a não ser que haja alterações nas munições, a Rússia não tem condições de lançar um ataque forte”, defende o major-general. “Não me parece razoável, nem racional, pôr aviões no ar quando sabemos que o sistema de defesa anti aérea está a ser montado.”

Por terra, os problemas são outros. “Não se faz guerra em cima do gelo com facilidade. Apesar disso, prefiro neve à lama, porque, com o equipamento devido, os veículos deslocam-se em cima da neve. A lama é horrível, os carros enterram-se e pouco há a fazer.”

O Instituto para o Estudo da Guerra dá conta de que a 3 de dezembro o terreno congelou ao longo da linha Kreminna-Svatove. “As condições no leste da Ucrânia estão a tornar-se mais propícias para um ritmo mais alto de operações à medida que o inverno se aproxima”, já que os exércitos deixaram de estar atolados em lama.

A mesma ideia foi defendida pelo governador de Lugansk a 2 de dezembro: o tempo está finalmente a mudar no eixo Kreminna-Svatove. Assim que a lama congelar totalmente, acredita Serhiy Haidai, as forças ucranianas irão melhorar a sua contra-ofensiva. Tal como em Bakhmut, essas manobras não serão feitas sem muito derramamento de sangue.

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