Durante a manhã deste sábado, 24 de dezembro, a cidade ucraniana de Kherson esteve 74 vezes sob fogo russo, segundo dados partilhados pelo governador da cidade, Yaroslav Yanushevych, e citados pelo jornal britânico The Telegraph. Os últimos registos mostram que os ataques provocaram oito mortos e 58 feridos, entre os quais se encontra uma menina de seis anos que está em estado grave.
Volodymyr Zelensky já se pronunciou sobre este ataque na rede social Telegram. O presidente ucraniano diz que a Rússia, “o país terrorista”, nas suas palavras, dirigiu os ataques intencionalmente contra alvos civis para “intimidar” a população da cidade. As ruas, diz, ficaram “sujas com os corpos” das vítimas.
“Durante a manhã, no sábado, na véspera de Natal, na parte central da cidade”, descreveu Zelensky, enquanto partilhou algumas imagens bastante gráficas do rescaldo do ataque. “Isto não são infraestruturas militares. Isto não é a guerra de acordo com as regras definidas. É terror, é matar por uma questão de intimidação e prazer“, disse. E acrescentou: “O mundo tem de ver e compreender a maldade absoluta que estamos a combater.”
As imagens mostram ruas em caos, carros a arder, edifícios com os vidros estilhaçados e corpos espalhados pelo chão, alguns deles contorcidos e sangrentos.
#Russian invaders continue to shell #Kherson. pic.twitter.com/zfSG3S6ar5
— NEXTA (@nexta_tv) December 24, 2022
Kyrylo Tymoshenko, número um do gabinete do presidente ucraniano, já tinha partilhado uma atualização sobre o ataque no Telegram, informando que 16 dos 35 feridos estão em estado grave. Entretanto o número de feridos subiu para 58.
Houve outro civil que morreu este sábado na Ucrânia, mais precisamente em Kharkiv, num ataque sobre a cidade. O homem de 74 anos ainda foi transportado para o hospital com ferimentos provocados por estilhaços, mas não sobreviveu.
Os alarmes de ataques aéreos soaram esta manhã em Kherson, Kiev, Luhansk, Kharkiv, Donetsk, Zaporizhzhia e em sete outras regiões, segundo o The Guardian.
Artigo atualizado às 12h06