Após a saída do ministro Pedro Nuno Santos, António Costa decidiu mudar a orgânica do Governo e partiu o ministério em dois: das Infraestruturas e da Habitação. O novo ministro das Infraestruturas é o até aqui secretário Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, e até aqui a secretária de Estado da Habitação, Marina Gonçalves, que passa a ser a nova ministra da habitação.

Os novos ministros foram confirmados em nota enviada nesta segunda-feira pela Presidência da República, que diz que Marcelo Rebelo de Sousa “aceitou a proposta” do primeiro-ministro para mudar a orgânica do Governo.

Há dois dias, Galamba tinha atualizado a sua conta do Linkedin em que fazia um balanço que acaba por ser uma despedida da pasta da energia, garantindo que durante estes meses de maioria absoluta, e apesar de ter sido “um ano difícil”, o Governo fez “tudo” nesta área, dos apoios na energia à aceleração das renováveis, prometendo “entusiasmo” no ano que agora começa.

As novidades são conhecidas dias depois de ter rebentado o caso de Alexandra Reis e de se ter demitido a própria secretária de Estado (cujo substituto ainda está por conhecer), assim como Pedro Nuno Santos. Desta forma, saiu o maior rosto da ala esquerda do PS, mas foi substituído por outros dois elementos da mesma área política.

Galamba, que começou por ser deputado (durante três legislaturas) e vice-presidente da bancada do PS, além de coordenador dos socialistas na Comissão de Orçamento e Finanças, é conhecido por fazer parte do grupo dos “jovens turcos” do PS e por ter estado envolvido em várias polémicas, por ser particularmente corrosivo nas intervenções públicas que faz. Antes disso, o novo ministro, que é natural de Lisboa e licenciado em Economia, estudou na London School of Economics.

O seu percurso é mais conhecido do que o da nova ministra. Marina Gonçalves, natural de Caminha e licenciada em Direito, é uma ‘pedronunista’, foi assessora do agora ex-ministro quando este era o pivô da geringonça e foi promovida por ele a sua secretária de Estado, depois de ter passado pelo grupo parlamentar do PS, como vice-presidente. Ganha agora uma nova visibilidade, com a sua promoção a ministra.

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