Os cerca de 700 apoiantes de Jair Bolsonado detidos no domingo na sequência da invasão e vandalizarão dos Três Poderes em Brasília no domingo começaram a ser levados para o Centro de Detenção Provisória da Papuda na capital brasileira. Ao chegarem ao estabelecimento prisional, os bolsonaristas passaram por um processo de triagem médica, tendo sido vacinados contra doenças como a Covid-19, refere o Estadão, que teve acesso a detalhes sobre a detenção dos manifestantes.
Segundo o jornal, foi montada uma equipa médica para examinar os detidos e identificar aqueles que têm algum tipo de comorbidade ou que tomam algum medicamento de forma regular. Ao chegarem ao centro de detenção, tanto homens como mulheres receberam um colchão para dormir, um uniforme e um kit de higiene. Não tiveram direito a cobertores ou almofadas, uma vez que podem ser usados em atos de violência, explica o Estadão.
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Os bolsonaristas foram separados dos restantes detidos e distribuídos por diferentes celas, com tamanhos distintos. Os telemóveis foram-lhes retirados.
Os manifestantes serão agora ouvidos em audiência por um juiz, em sessões de cerca de 20 a 30 minutos onde estarão também presentes um promotor e um advogado de defesa. As audiências decorrerão de forma remota a partir da prisão, em locais conhecidos como parlatórios, que têm computadores com câmaras e acesso à internet. Estes espaços foram criados durante a pandemia devido à necessidade de isolamento físico.
Segundo o Estadão, cerca de 30 juízes serão destacados para essas sessões de forma a acelerar o processo.
No domingo, milhares de apoiantes do Jair Bolsonaro invadiram e vandalizaram o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal e a sede do Congresso Nacional, em Brasília, numa tentativa de derrubar o governo do atual Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. Uma sondagem realizada pelo Datafolha revelou que a grande maioria dos brasileiros condena a ação e que apenas uma pequena percentagem apoia os acontecimentos do fim de semana passado.
