As Forças Armadas alemãs iniciaram esta segunda-feira o procedimento de envio para a Polónia de um total de três sistemas de defesa antiaérea Patriot, para garantir a segurança, na fronteira com a Ucrânia, do país membro da NATO.

Também é esperado que a partir desta segunda-feira comecem a chegar soldados alemães à Polónia, para iniciar a instrução para o manuseamento dos sistemas Patriot, adiantaram fontes da Defesa à agência alemã DPA.

Após a queda de um míssil na Polónia, perto da fronteira com a Ucrânia, Berlim e Varsóvia concordaram com o envio dos Patriot para garantir a segurança da infraestrutura polaca na fronteira.

Os Patriot são um sistema de um míssil terra-ar fabricado pelos Estados Unidos e utilizado não só pelo Exército daquele país, mas também por vários dos Estados-membros da Aliança Atlântica.

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Washington também já anunciou o envio de Patriots para a Ucrânia, que enfrenta a invasão da Rússia.

De resto, o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, instou hoje o governo alemão a fornecer uma ampla gama de armas a Kiev e a acelerar o envio de tanques de guerra já anunciados por Berlim.

O chanceler alemão Olaf Scholz tem sido pressionado por várias autoridades, inclusive dentro da coligação no poder, para aprovar o envio de tanques de guerra de fabrico alemão para a Ucrânia.

Também o Presidente da Polónia, Andrzej Duda, disse recentemente que o seu país quer enviar uma companhia de tanques Leopard 2 de fabrico alemão, ou seja, 14 tanques, para a Ucrânia, mas deseja que essa transferência seja parte de um esforço coordenado dos aliados da NATO.

De acordo com as regras comuns de venda de armas, o governo alemão precisa de dar a sua aprovação para que a Polónia ou qualquer outro país possa fornecer tanques de fabrico alemães a um terceiro país.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.031 civis mortos e 11.327 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.