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O Pentágono anunciou na quinta-feira o envio de um novo pacote de assistência militar para a Ucrânia no valor de 2,5 mil milhões de dólares. O novo apoio inclui, pela primeira vez desde o início da guerra, o fornecimento dos veículos de combate blindados Stryker.

Os EUA comprometeram-se a providenciar 59 veículos de combate Bradley – que se somam aos 50 do anterior pacote de assistência -, munições adicionais para os sistema de lançamento de foguetes HIMARS e sistemas para defesa antiaérea. Entre os itens listados, o destaque do novo apoio vai para os 90 Strykers, que vão ser estreados na Ucrânia após quase 11 meses de guerra.

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Os Strykers, produzidos pela empresa General Dynamics Land Systems, estão ao serviço do exército norte-americano desde 2000, mas só foram usados no campo de batalha no ano seguinte, no Iraque. São veículos blindados com oito rodas, um peso de cerca de 20 toneladas, capazes de viajar a uma velocidade de 100 quilométros por hora. Segundo o New York Times, podem ser configurados para diferentes propósitos: desde transporte de infantaria a evacuações médicas.

Os EUA desenvolveram até agora 18 variantes diferentes dos Strykers. Os veículos de combate podem ser usados no transporte de soldados de infantaria de e para o campo de batalha. Com uma capacidade limite de 11 militares, esta “família cumpre um requisito imediato para o transporte estratégico de uma brigada capaz de se mover rapidamente em prontidão de combate“, pode ler-se na página do exército norte-americano.

Os veículos Stryker fornecem ao combatente uma plataforma confiável, que inclui melhorias significativas na capacidade de sobrevivência desde a sua estreia em 2002″, refere o exército dos EUA.

Os Strykers também são utilizados para carregar alguns tipos de armas como morteiros ou canhões, refere ainda o New York Times. Os veículos de combate podem ser equipados com um canhão de 30 mm, uma metralhadora e/ou um lançador de granadas.

No pacote de assistência militar anterior, anunciado a 7 de janeiro, Washington já prometia o envio de 50 veículos de combate Bradleys, conhecidos como “destruidores de tanques”. Este modelo, criado durante a guerra fria e introduzidos no exército norte-americano em 1981, serve um propósito diferente dos Strykers. Enquanto o primeiro oferece aos militares uma maior proteção e poder de fogo, o segundo têm uma blindagem mais leve, carrega mais tropas e é mais rápido e silencioso, aponta a Associated Press.

Por agora ainda não há data prevista para a chegada dos Strykers e Bradleys a solo ucraniano. Este pacote significa uma grande aposta dos EUA no envio de veículos blindados. Este tem sido um dos itens pedidos pela Ucrânia, além dos tão aguardados tanques.

Washington não tem planos para enviar, para já, os tanques de batalha Abrams M1. “Simplesmente não faz sentido”, disse esta semana a porta-voz do departamento de Defesa sobre a possibilidade de serem fornecidos. As autoridades norte-americanas consideram que não são uma boa opção para os atuais combates, devido à frequente necessidade de manutenção e abastecimento.

Por agora, a pressão quanto ao envio de tanques concentra-se particularmente na Alemanha. A Ucrânia continua a aguardar luz verde quanto ao fornecimento dos Leopard 2 alemães, que vários países europeus possuem em stock, mas não podem enviar a Kiev sem autorização de Berlim.