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A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirma que, na sequência das buscas na Câmara Municipal de Lisboa, foram constituídos seis arguidos — três sociedades e os respetivos representantes legais. “Em aditamento informa-se que, na sequência das buscas, foi, hoje, validada pelo Ministério Público a constituição de seis arguidos, três sociedades e os respetivos representantes legais“, é possível ler numa resposta enviada ao Observador.

Ao que Observador apurou os arguidos individuais são os empresários Joaquim Morão, António Realinho e Luís Rafael Dias. Já as sociedades as sociedades a JLD – Consultadoria Lda, a AJNR – Consultores Lda e a Remir – Consultores, Engenharia e Arquitectura Lda. Ou seja, o atual ministro das Finanças, Fernando Medina, não é arguido.

A Câmara de Lisboa confirmou na quarta-feira a realização de buscas no departamento de Urbanismo da autarquia, mas remeteu mais esclarecimentos para as autoridades judiciais. “Qualquer esclarecimento deverá ser prestado pelas autoridades judiciais”, disse fonte oficial da Câmara Municipal de Lisboa à agência Lusa, confirmando apenas as buscas no departamento de Urbanismo. As buscas foram feitas na terça-feira.

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A notícia, que foi avançada pela CNN Portugal, indicava que a Polícia Judiciária fez buscas na Câmara de Lisboa por “suspeitas de corrupção, participação económica em negócio e falsificação”, numa nomeação para “prestação de serviços que foi assinada em 2015” pelo então presidente da autarquia, Fernando Medina.

Esta quinta-feira, o ministro afirmou em conferência de imprensa no Ministério das Finanças que estava “de consciência tranquila” em relação às suspeitas que motivaram as buscas da Polícia Judiciária. Nesta ocasião, Medina partilhou também que pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) para ser ouvido no âmbito do caso que levou às buscas na Câmara. “Solicitei à PGR que possa ser ouvido para prestar todos os esclarecimentos que o Ministério Pública entenda como necessários.”

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