Miguel Castro, líder do Chega/Madeira e possível candidato do partido ao Governo Regional, acusou Miguel Albuquerque de se comportar como um “ditador” e respondeu ao social-democrata, que este sábado disse que o partido de André Ventura não tem “relevância”. “Vamos ver nas eleições”, desafiou.

Em entrevista ao Observador, a partir da 5.ª Convenção do Chega, Castro fez duras críticas a Albuquerque. “As pessoas têm medo em dizer em que vão votar. Existe défice democrático na Madeira. O Governo Regional manda e desmanda. Ao longo de 48 anos, foi-se incutindo um governação muito autoritária. As pessoas ficaram sem oposição”, disse.

Sem se comprometer com a candidatura à Madeira, Miguel Castro garantiu que vai articular tudo com a direção do Chega e insiste nas críticas. “Miguel Albuquerque tem sido o presidente possível. Governa como quer e como entende. Não tem oposição.”

Sem exigir cargos antes de perceber os resultados eleitorais e sem se comprometer com qualquer tipo de apoio aos sociais-democratas, Miguel Castro deixou claro que só apoiaria um governo liderado por Miguel Albuquerque se tivesse “uma mão pesada” dentro do executivo regional. Por outras palavras: uma solução como a dos Açores não é repetível.

Além disso, Miguel Castro garantiu que qualquer aliança passaria sempre por escrutinar todos os “rabos de palha” que possam existir e que Miguel Albuquerque teria de deixar todo e qualquer tipo de comportamento menos ético.

“Esta governação tem deixado indícios de situações de nepotismo, corrupção, de compadrio. Se governássemos com o PSD/Madeira esses casos tinham de estar completamente esclarecidos. Seria uma nova página”, rematou.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR