A PSP deteve, numa megaoperação, 30 pessoas ligadas às claques do Benfica e do Sporting. No total, as autoridades cumpriram 29 mandados de detenção e 30 mandados de buscas domiciliária, em Lisboa e na margem sul do rio Tejo.
À rádio Observador, a PSP explicou que foram detidas 27 pessoas fora de flagrante delito e uma pessoa “em flagrante delito por posse de arma de fogo”, mas um comunicado divulgado horas depois atualizou esse número para 30 detidos. Esta investigação começou na sequência de duas queixas por roubo e agressões violentas reportadas em abril do ano passado e, ao longo da investigação foi possível “associar estes indivíduos a outros crimes que eles próprios foram cometendo, de abril até ao final do ano”, explicou o comissário Teixeira, da PSP.
As pessoas detidas pertencem ao movimento “Casual”, caracterizado por não pertencer a claques oficiais dos clubes e pela agressividade e ligação a crimes violentos. Aliás, de acordo com a informação avançada pela PSP num primeiro comunicado, os detidos são caracterizados pela PSP como os “elementos mais ativos e agressivos” deste movimento.
Estão, neste momento, em investigação “vários factos suscetíveis de configurar os crimes de ofensas à integridade física qualificadas, sobre adeptos e sobre Polícias, bem como os crimes de roubos, danos, participação em rixa, ameaças e desobediência de interdição em recintos desportivos”. As agressões aconteciam nas imediações dos estádios destes dois clubes, antes e depois dos jogos.
Na sequência das buscas e das detenções, a PSP apreendeu ainda três armas de fogo, várias armas brancas e artesanais, artefactos pirotécnicos, como petardos, potes de fumo e tochas, e 13 artefactos de sinalização marítima. Além disso, foram apreendidas mais de 5 mil doses individuais de haxixe e mais de mil de heroína.
Os detidos serão presentes a primeiro interrogatório judicial esta quinta-feira para aplicação de medidas de coação.