A diretora de ficção e de entretenimento da TVI, Cristina Ferreira, esteve, esta quinta-feira, na Assembleia da República para discutir a petição assinada por mais de 50 mil pessoas sobre o cyberbullying e os insultos nas redes sociais. “Fui recebida em comissão parlamentar para defender a petição assinada por mais de 50 mil pessoas na sequência do lançamento do livro cuja temática assenta na disseminação do discurso de ódio na internet. A discussão foi feita com representantes dos vários partidos com assento na assembleia e segue para plenário em breve”, escreveu a apresentadora nas redes sociais.

Durante a comissão, Cristina Ferreira lembrou o lançamento do livro “Pra Cima de P***” (que vendeu mais de 30 mil exemplares, segundo a apresentadora), que retrata a temática dos insultos online. A diretora da TVI apela à “regulação” deste território que considera “estar sem lei”.

“Somos a primeira geração que estamos a lidar com as novas tecnologias”, indicou Cristina Ferreira, reforçando que é importante “analisar aquilo o que tem acontecido”. A diretora da TVI realçou que o debate não tem apenas de estar centrado nas figuras públicas, já que a generalidade da população está sujeita a ser insultada nas redes sociais.

Cristina Ferreira sugeriu que se deve criar um mecanismo que obrigue à identificação antes da inscrição de uma rede social, o que faria com que os utilizadores se sentissem mais “comprometidos” com aquilo que “pudessem vir a dizer”. A diretora de ficção e entretenimento TVI também chegou a propor uma “entidade reguladora das redes sociais”, em que as pessoas podiam denunciar caso se sentissem “ameaçadas, difamadas e injuriadas”.

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Para a apresentadora, é essencial haver alguém que “possa supervisionar o que é dito e escrito nas redes sociais”. Cristina Ferreira admitiu que não sabe como é que isso procederia, pedindo sugestões aos políticos que presentes na comissão.”É uma questão de cidadania de proteção dos cidadãos e é uma tentativa de evoluir na sociedade”, argumentou, sublinhando o exemplo que isso pode configurar para os mais novos.

No Parlamento, ao lado de Cristina Ferreira, esteve Rui Couceiro, editor da Contraponto, que lançou o livro “Para Cima da P***”.

Artigo corrigido às 10h23 de dia 3 de fevereiro com a correção do número de exemplares vendidos – não são 300 mil, mas sim 30 mil