O Ministério da Saúde confirmou que estão a ser impostas limitações nos sistemas informáticas de alguns hospitais, nomeadamente o Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) e o Hospital do Litoral Alentejano, de modo preventivo para evitar novos ataques informáticos como os que têm sido tentados nos últimos dias em vários organismos no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Uma informação enviada internamente no Amadora-Sintra e no Litoral Alentejano avisava que o uso de VPN — que garante o acesso a uma rede à distância — ia ser limitado, as palavras-passe deviam ser alteradas com maior frequência e o acesso à rede ia ser mais monitorizado para evitar ataques como os que têm sido lançados sobre vários sistemas do SNS na última semana.

Ciberataques: Direção-Geral da Saúde foi alvo de ataque mas ‘site’ está funcional

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Em declarações ao Observador, fonte oficial do Ministério da Saúde assegurou que “não estão atualmente sinalizadas perturbações informáticas nos serviços do Ministério da Saúde”. Mas que, “na sequência dos incidentes do passado fim de semana e da monitorização levada a cabo pelos departamentos de informática das instituições, têm sido reforçadas as ações preventivas, que podem passar por medidas de informação sobre segurança informática junto dos trabalhadores ou restrições de acesso a plataformas digitais”.

No sábado passado, a Direção-Geral da Saúde (DGS) e a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa foram alvo de um ciberataque que impediu o acesso aos dados e serviços. Numa nota enviada aos jornalistas, fonte oficial da DGS avançou que “a sua página oficial foi alvo de um ciberataque que impediu o acesso aos dados e serviços habitualmente disponíveis”.

O Centro Nacional de Cibersegurança foi alertado e estava “a  avaliar e a acompanhar a situação, por forma a serem tomadas medidas para mitigar o impacto deste ataque”. Às 23h, os sistemas já tinham sido repostos. As informações preliminares atribuíam a autoria dos ataques ao grupo Killnet, pró-Rússia, que foi criado no início da guerra na Ucrânia e que tem tudo como alvo instituições públicas e privadas de países aliados a Kiev.