Beyoncé tornou-se na artista com mais vitórias na história dos Grammys, com 32 galardões, depois de ter ganhado em quatro das nove categorias para as quais estava nomeada. A cantora e compositora norte-americana venceu a “Melhor Canção R&B”, “Melhor Gravação de Dança/Eletrónica”, “Melhor Álbum de Dança/Eletrónica” e “Melhor Performance de R&B”.

A artista, que chegou atrasada à 65.ª cerimónia dos Grammys, em Los Angeles, devido ao trânsito, tentou não ficar demasiado “emocionada” ao receber o Grammy de “Melhor Álbum de Dança/Eletrónica” por Renaissance. Esta foi a primeira vez que Beyoncé foi nomeada para o melhor álbum de música eletrónica. A cantora concorre geralmente na categoria de R&B.

“Estou a tentar não ficar demasiado emocionada e apenas receber [os prémios] esta noite”, declarou, após fazer história, apenas duas horas após o início do evento. Beyoncé agradeceu a Deus, por a proteger, ao tio John, presente apenas “em espírito”, ao marido, Jay Z (com o qual partilha 88 nomeações, o maior número de sempre), aos filhos, aos pais e à comunidade LGBTQI+, pelo seu “amor e por inventarem este género”.

[Beyoncé no momento em que fez história e se tornou na artista mais premiada:]

Beyoncé levou o maior número de prémios, mas foi Harry Styles que levou o galardão mais importante da noite, o “Melhor Álbum”, por Harry’s House. O cantor e compositor inglês, que bateu artistas como Beyoncé e Adele, disse sentir-se inspirado por todos os nomeados para a categoria e que os ouviu em certos momentos da sua vida. “Acho que em noites como esta é muito importante lembrar que não existe o melhor na música. Acho que nenhum de nós se senta no estúdio e toma decisões pensado nisso”, declarou.

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Styles venceu ainda na categoria de “Melhor Álbum Pop”. Contra todas as espectativas, Bonnie Raitt venceu a “Melhor Canção”, com “Just Like That”. Visivelmente surpreendida, a cantora de blues admitiu que não sabia o que dizer. Adele recebeu o 16.º Grammy após ganhar na categoria de “Melhor Peformance a Solo Pop”.

Os Grammys de “Melhor Performance Rap”, “Melhor Canção Rap” e “Melhor Álbum Rap” foram atribuídos a Kendrick Lamar, que descreveu o álbum Mr. Morale & the Big Steppers como um dos seus projetos mais difíceis. Lizzo ganhou a “Gravação do Ano”, com About Damn Time, e prestou tributo a Prince, a quem dedicou o prémio, e a Beyoncé, “a artista das nossas vidas”. “Mudaste a minha vida”, admitiu. “Quando andava no 5.º ano, faltei às aulas para ir a um concerto teu.”

[O discurso de aceitação de Harry Styles nos Grammys:]

Kim Petras faz história ao tornar-se a primeira artista trans a ganhar Grammy de “Melhor Performance de Duo Pop”

Não foi apenas Beyoncé que fez história nesta noite de domingo, em Los Angeles. Kim Petras tornou-se a primeira artista trans a ganhar o Grammy de “Melhor Performance de Duo/Grupo Pop”, juntamente com Sam Smith, por “Unholy”. Petras fez referência a isso mesmo, ao explicar que Smith lhe pediu para aceitar o prémio por se tratar da primeira mulher transgénero a vencê-lo.

“Quero agradecer a todas as incríveis lendas transgénero anteriores a mim que abriram as portas para mim para que pudesse estar aqui esta noite”, afirmou, prestando homenagem a Madonna, que apresentou o prémio, pela luta pelos direitos LGBTQI+. “Acho que não estaria aqui sem a Madonna”, admitiu a artista de origem alemã, sediada em Los Angeles.

Petras agradeceu ainda à mãe e a todos os que acreditaram nela, nomeadamente Sam Smith. “És um verdadeiro anjo e herói na minha vida e eu adoro-te”, disse, dirigindo-se ao cantor e compositor inglês. “Unholy”, o segundo single do quarto álbum de Sam Smith, Gloria, chegou ao primeiro lugar do Billboard Hot 100, após ter entrado diretamente em terceiro. No dia do lançamento, atingiu o número 1 do top norte-americano do Spotify.

[Kim Petras e Sam Smith no momento da atribuição do Grammy:]