Siga aqui o nosso liveblog sobre o sismo da Turquia e da Síria

“Pelo menos 912 dos nossos cidadãos perderam a vida, 5.385 dos nossos cidadãos ficaram feridos, 2.470 pessoas foram resgatadas dos escombros. 2.818 edifícios foram destruídos.” Os números, avançados pelo Presidente turco nesta segunda-feira de manhã, mostram o nível de destruição do sismo que atingiu a Turquia e a Síria às primeiras horas do dia. O balanço, no entanto, não deverá ficar por aqui e os números deverão continuar a subir nas próximas horas: a previsão do Serviço Geológico dos EUA (USGS) é de que as vítimas mortais possam chegar aos 10 mil.

As imagens da destruição causada pelo sismo na Turquia

“Atualmente, 9 mil pessoas realizam trabalhos de busca e salvamento, e esse número aumenta constantemente com quem chega à área do terremoto de fora”, disse Recep Tayyip Erdogan, num comentário transmitido pela televisão. Além de ter falado ao país, o Presidente turco tem dado conta do ponto da situação na sua conta de Twitter.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“As atividades de resgate dos nossos cidadãos que permanecem em prédios desabados continuam ininterruptamente”, garantiu o Presidente turco, explicando que esse é o foco principal. No local, além de organizações internacionais como o Crescente Vermelho, estão também equipas das Forças Armadas e da AFAD — a Autoridade turca de Gestão de Desastres e Emergências.

Erdogan, citado pela agência de notícias Hibya, deixou um apelo aos cidadãos, de modo a que as operações de resgate não se compliquem: “Nestes momentos, é de muito importante que o transporte e a comunicação sejam realizados de forma coordenada. Por isso, as estradas que levam às áreas dos destroços devem ser mantidas abertas e os instrumentos de comunicação devem ser usados apenas quando necessário.”

A ajuda enviada para o local fora da coordenação da AFAD “provoca o caos e torna-se difícil atingir o seu objetivo”, explicou ainda Erdogan. Quanto à ajuda internacional, o Presidente turco afirmou que além da NATO e da União Europeia, recebeu ofertas de assistência de 45 países.

Comissão Europeia coordena envio de ajuda

Entre os países da União Europeia, a ajuda a enviar para a Turquia está a ser coordenada pela Comissão Europeia, segundo avançou o comissário europeu de Gestão de Crises, Janez Lenarcic na rede social Twitter. Bruxelas ativou o Mecanismo de Proteção Civil da UE, esclareceu.

Também o Alto Representante para os Negócios Estrangeiros da UE, Josep Borrell, afirmou que o bloco europeu está “pronto para ajudar” os países afetados, Turquia e Síria. “A UE está totalmente solidária com vocês”, acrescentou, por seu lado, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

Portugal disponível para ajudar

O primeiro-ministro, António Costa, foi um dos muitos chefes de Governo que se mostrou pronto para enviar ajuda pata o local. “Foi com consternação que tomei conhecimento do terramoto que assolou a Turquia e a Síria. Os meus pensamentos estão com as famílias das vítimas e com todos os afetados pelo desastre”, escreveu o líder do executivo português na sua conta na rede social Twitter.

Fora da UE, foram vários os países que ofereceram assistência, entre eles a Ucrânia e a Rússia, pela voz dos respetivos presidentes.

A mensagem de Volodymyr Zelensky foi dirigida apenas a Erdogan. “Estamos com o povo turco neste momento difícil. Estamos prontos para prestar a assistência necessária para superar as consequências do desastre.”

O presidente russo enviou sinceras condolências aos Presidentes da Turquia e da Síria, num comunicado publicado no site da presidência russa: “Partilhamos a dor daqueles que perderam os seus familiares.” Além disso, falou ao telefone pessoalmente com os dois chefes de Estado, segundo o Kremlin.

Nos Estados Unidos, foi o Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos quem falou. Jake Sullivan sublinhou que os Estados Unidos estão prontos para apoiar a Turquia.

Mensagens idênticas chegaram dos presidentes de Israel, Índia, China e Paquistão, entre muitos outros.

O Papa Francisco publicou dois telegramas de condolências assinados pelo secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin. Enderaçados aos núncios apostólicos, Marek Solczynski na Turquia e Mario Zenari na Síria, Francisco pediu-lhes que enviassem garantias de sua proximidade espiritual a todos os afetados pelo sismo e as suas “sinceras condolências aos que choram sua perda”.