O ministro da Saúde marcou para o próximo dia 16 a reunião pedida pelos autarcas da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo por causa do funcionamento do Hospital de Santarém e a falta de médicos de família na região.
A informação foi dada esta terça-feira à agência Lusa pelo presidente da Câmara de Santarém, que segunda-feira tinha voltado a lamentar pela ausência de resposta ao pedido de reunião feito no final de outubro de 2022.
Na segunda-feira, na abertura da reunião do executivo municipal escalabitano, Ricardo Gonçalves (PSD) disse esperar não ser necessário fazer o que outros autarcas fizeram (numa referência aos municípios de Setúbal, Palmela e Sesimbra) e ter de ir para a porta do Ministério da Saúde para conseguir o agendamento da reunião que a Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT) pediu no final de outubro de 2022.
O autarca lamentou nesse dia que, depois de ter pedido ao ministro da Saúde que respeitasse os eleitos e de Manuel Pizarro ter declarado, no dia seguinte, que respeita os autarcas e que iria receber “o mais rapidamente” possível a CIMLT, nada tenha sido agendado.
Afirmando que a situação que se vive no Hospital Distrital de Santarém “não pode continuar”, o autarca deu como exemplo um novo pedido dos serviços de urgência do HDS de desvio de doentes urgentes de medicina interna encaminhados pelos corpos de bombeiros, entre as 21h00 de domingo e as 09h00 de segunda-feira.
Salientando não ter nada contra a administração do HDS, presidida por Ana Infante, que “muito tem feito”, Ricardo Gonçalves afirmou que as situações que se vivem “não se podem normalizar” e têm de ser resolvidas pela tutela.
O vereador eleito pelo Chega, Pedro Frazão, “acompanhou a preocupação” de Ricardo Gonçalves, disponibilizando-se para ir com ele até à porta do Ministério e para voltar a “puxar o assunto” na Assembleia da República, particularmente na audição do diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Fernando Araújo, que irá ao parlamento a requerimento do seu partido.