897kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Oscar Pistorius perto de sair em liberdade condicional dez anos depois de ter matado a namorada

Este artigo tem mais de 1 ano

Antigo campeão paralímpico encontrou-se com os pais da vítima, mas recusou (de novo) admitir intenção de matar. Em março, ex-corredor pode pedir liberdade condicional por ter cumprido metade da pena.

GettyImages-545173756
i

Oscar Pistorius no julgamento em Pretória, na África do Sul, em que foi condenado a 13 anos e cinco meses de prisão

Getty Images

Oscar Pistorius no julgamento em Pretória, na África do Sul, em que foi condenado a 13 anos e cinco meses de prisão

Getty Images

Passaram exatamente dez anos desde que Oscar Pistorius, a 14 de fevereiro de 2013, matou a namorada, Reeva Steenkamp, com quatro tiros na casa em que viviam, em Pretória, na África do Sul. Muito se falou do caso, poucos se foi dizendo a partir daí. Agora, no próximo mês de março, o antigo campeão paralímpico passa a poder ser ouvido pelo tribunal tendo em vista a aplicação de liberdade condicional. Para atingir esse objetivo, em junho do ano passado, Pistorius encontrou-se com os pais de Reeva de modo a cumprir um dos requisitos para fazer o apelo que o pode fazer deixar a prisão de Atteridgeville.

O diálogo entre o condenado e os familiares da vítima foi uma obrigação para o processo de libertação de Pistorius prosseguir. Nesse encontro com Barry e June, pai e mãe de Reeva, respetivamente, os familiares revelaram ao Daily Mail que o recluso manteve a mesma versão que tem assumido ao longo dos anos, ou seja, que não matou deliberadamente a namorada, uma vez que achava que estava na presença de um intruso no momento em que alvejou a porta da casa de banho com quatro tiros, acabando por vitimar a mulher de 29 anos que achava que estava na cama.

Oscar Pistorius terá de se encontrar com os pais da namorada para poder solicitar a liberdade condicional

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O pai da vítima foi o único a visitar Pistorius, dado que a mãe considerou não ter condições emocionais para o fazer. “Disse ao Oscar de forma direta que ele tinha dado deliberadamente um tiro à minha filha e ele negou. Manteve-se com a sua história de que pensava que tinha sido um intruso. Depois de todos estes anos, ainda estamos à espera que diga que matou porque estava furioso. É tudo o que queremos”, disse Barry ao jornal inglês sobre o diálogo com o homem que matou a filha que decorreu em Gqeberha, cidade de onde é natural a família Steenkamp e onde Pistorius esteve propositadamente para a conversa.

A família de Reeva Steenkamp reforça assim a posição contra a libertação do antigo atleta paralímpico. “Se ele me dissesse a verdade, seria um homem livre e deixaria a lei seguir o seu curso para a liberdade condicional. Estou a perder o meu tempo. Ele é um assassino. Deve permanecer na prisão”. Mesmo não tendo ido ao encontro, June escreveu uma carta que o marido leu a Pistorius. “Oscar, levaste-a para longe de nós”, dizia o texto entretanto contexto. “Ela era uma mulher inteligente, não era apenas uma cara bonita. Tu tiraste-lhe tudo o que ela podia ter e tudo o que teria daqui para a frente”, acusava.

Família de Oscar Pistorius recorre à justiça contra filme sobre morte de Reeva Steenkamp

A advogada, Julian Knight, contou à Associated Press que durante o período na prisão de Atteridgeville, adaptada a pessoas com deficiência, em Pretória, o ex-corredor foi um “modelo de prisioneiro”, justificando a liberdade condicional. Na África do Sul, as pessoas condenadas a prisão efetiva são obrigadas a cumprir pelo menos metade da pena antes de pedirem uma audição tendo em vista o apelo à liberdade condicional. Caso seja libertado no próximo mês, revela também o Daily Mail, Oscar Pistorius vai ter vigilância policial 24 horas por dia por existirem gangs que podem querer vingar a morte da mulher.

GettyImages-540302430

Getty Images

Oscar Pistorius está debaixo de custódia policial desde o dia seguinte ao homicídio de Reeva Steenkamp. Inicialmente, em 2014, o homem, hoje com 36 anos, foi considerado culpado por matar a namorada –embora, de acordo com a sentença, sem saber que estava a fazê-lo – e por comportamento irresponsável, tendo sido condenado a cinco anos de pena efetiva e três anos de pena suspensa por cada um dos respetivos crimes. Saiu da prisão em 2015, ficando em prisão domiciliária, mas no final do mesmo ano a pena foi agravada para seis anos por se considerar que Pistorius sabia que ia matar a pessoa que estava do outro lado da porta da casa de banho, independentemente de ser a namorada ou não. Mais tarde, em 2016, o Supremo Tribunal da África do Sul, devido a um recurso do Ministério Público do país, aumentou ainda mais o número de anos de prisão de Pistorius para 15 anos, aos quais subtraiu o tempo que o já tinha sido cumprido, estabelecendo 13 anos e cinco meses de prisão efetiva como medida de coação final.

Oscar Pistorius vê a pena agravada para 13 anos e cinco meses

O antigo atleta, que tem as duas pernas amputadas do joelho para baixo desde os 11 meses por ter nascido sem o osso do perónio, destacou-se nas provas de velocidade onde ficou conhecido como Blade Runner (corredor de lâmina) devido às próteses que usava para correr e que retirou a meio de uma sessão de julgamento para justificar o pânico que sentiu quando achou que a sua casa estava a ser invadida por um intruso. Oscar Pistorius foi o primeiro amputado a correr nos Jogos Olímpicos, em Londres-2012.

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça até artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.