Siga o nosso liveblog da guerra.
Sergei Lavrov afirmou que o Ocidente alcançou um “ponto sem retorno” ao ter transformado a Ucrânia numa “base militar russofóbica”.
A falar na Duma, parlamento russo, esta quarta-feira, 15 de fevereiro, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, citado pela agência estatal de notícias Tass, afirmou que o futuro da política externa passa por acabar com o domínio de Washington e dos países da Europa, marcado por “interesses egoístas” na vida internacional.
“No nosso conceito atualizado de política externa, falaremos sobre a necessidade de acabar com o monopólio do Ocidente na formação da estrutura da vida internacional, que deve a partir de agora ser determinada, não nos seus interesses egoístas, mas com uma base justa e universal de um equilíbrio de interesses, conforme exigido pela Carta da ONU, que consagra o princípio da igualdade soberana de todos os Estados”, disse.
Sergei Lavrov afirmou também que a política ocidental passou durante muitos anos, pela “contenção da Rússia”, incluindo a expansão das fronteiras da NATO e a “transformação da Ucrânia fraterna em anti-Rússia, numa fortaleza militar russofóbica.”
Acusou, em particular, a Alemanha, França e a Polónia de promoverem “um sangrento golpe de Estado em Kiev, em fevereiro de 2014, sob slogans francamente nazis e racistas”.
Na semana passada, o diplomata, de regresso do continente africano, afirmou que o Ocidente tinha falhado completamente a sua tentativa de isolar a Rússia, afirmando que o país estava a estabelecer laços cada vez mais fortes em países de África, no Médio Oriente, na Ásia e na América Latina. “Apesar do alvoroço anti-russo de Washington, Londres e Bruxelas, nós continuamos a fortalecer relações próximas num sentido alargado”, afirmou.