As autoridades de Defesa dos Estados Unidos revelaram que quatro caças russos voaram no domingo perto do espaço aéreo norte-americano no Alasca, acrescentando que esta é uma atividade que ocorre regularmente e que não é considerada uma ameaça.

O Comando de Defesa Aeroespacial Norte-Americano (NORAD) adiantou esta terça-feira, em comunicado, que detetou, rastreou e identificou quatro aeronaves russas dentro da zona de identificação da defesa aérea (Adiz).

O Adiz é o espaço aéreo de um país mais um perímetro adicional monitorizado pelas Forças Armadas, noticiou a agência Europa Press.

As aeronaves russas permaneceram no espaço aéreo internacional e não entraram no espaço aéreo soberano dos EUA ou do Canadá. Esta atividade russa no Adiz dos EUA ocorre regularmente e não é considerada uma ameaça ou provocação”, sublinhou o NORAD em comunicado.
Desde 2007, quando a Rússia retomou a sua atividade de aviação de longo alcance, que o NORAD regista uma média anual de seis a sete interceções de aviões militares russos.

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A descoberta destes caças — entre os quais aeronaves TU-95, BEAR-H e SU-35 — ocorre no mesmo mês em que os Estados Unidos derrubaram um “balão-espião” chinês e outros objetos não identificados no seu espaço aéreo.

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Também ocorre quando o Kremlin (presidência russa) instou o Governo dos Estados Unidos a investigar a alegada presença de balões e outros objetos voadores não identificados no seu espaço aéreo sem “culpar” outros países, depois de Washington ter aumentado as tensões nas relações com Pequim.

Os Estados Unidos admitiram esta terça-feira não ter neste momento “nenhum indício” de que os três aparelhos voadores recentemente abatidos pelo Exército norte-americano sejam de origem chinesa ou tivessem funções de espionagem.

Para o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca (Presidência norte-americana), John Kirby, estes objetos “poderiam ser balões com funções comerciais ou científicas inofensivas”.

Sobre o balão chinês, as autoridades norte-americanas continuam a insistir na versão de que se tratava de um balão chinês equipado com material de vigilância, fazendo parte de um vasto programa global de espionagem da China, apesar dos desmentidos de Pequim.