Depois do sucesso da série de lançamento do Avenger, a 1st Edition, cujas encomendas esgotaram rapidamente, passou a ser possível encomendar as versões normais do SUV mais pequeno da Jeep e o único que é comercializado em Portugal exclusivamente com motor eléctrico alimentado por bateria, apesar de noutros países serem disponibilizadas mecânicas a combustão. As entregas das primeiras unidades aos clientes irão ter lugar durante o 2.º trimestre do ano, com os responsáveis pela Jeep em Portugal a confirmarem ao Observador que Abril será o mês escolhido.
O Avenger pode ser o SUV mais pequeno da marca norte-americana do Grupo Stellantis, uma vez que o seu comprimento se fica pelos 4,08 m, contra os 4,23 m do Renegade. Contudo, ao ser 3 cm mais estreito e 14 cm mais baixo, tendo praticamente a mesma distância entre eixos, acaba por parecer similar em termos de espaço interior, pelo menos quando nos sentamos a bordo, transmitindo uma sensação mais dinâmica por ser consideravelmente mais baixo.
O novo modelo eléctrico da Jeep foi concebido sobre a mesma plataforma utilizada pela Peugeot para o e-2008, apesar da marca lhe ter reduzido o comprimento total para o diferenciar do Renegade. O resultado é um SUV do segmento B, de aspecto mais ágil e atraente, o que certamente irá atrair mais compradores para um tipo de modelo que representa 20% do mercado.
Para motorizar o Avenger, a Jeep recorreu ao banco de órgãos mais recente da Stellantis, pelo que o SUV já não recorre ao motor original do grupo com 136 cv, como o que equipa o e-2008, mas sim ao novo com 156 cv, similar ao utilizado pelo também recente Peugeot e-308. O SUV da Jeep monta o motor à frente e usufrui de tracção dianteira, mas a potência superior não lhe permite beneficiar de vantagem em matéria de velocidade máxima ou de capacidade de aceleração, uma vez que, à semelhança do e-2008, está limitado a 150 km/h e necessita de 9 segundos para superar os 100 km/h, mais 0,9 segundos do que o modelo da Peugeot com que partilha a plataforma.
Para alimentar o motor eléctrico está lá uma bateria maior, por ser da segunda geração do grupo, que evoluiu da capacidade original (50 kWh no total e 46 kWh úteis), para 54 kWh, dos quais 50,8 kWh utilizáveis. Isto permite ao Jeep anunciar uma autonomia de 392 km entre recargas, segundo o método europeu WLTP, impondo a maior quantidade de energia que armazena a bordo para ir mais longe do que os 336 km do e-2008.
O Avenger apresenta ângulos interessantes para evoluir em todo-o-terreno, apesar de não possuir tracção integral, o que tenta compensar com seis modos de condução. Aos tradicionais Normal, Eco e Sport, para uma utilização em estrada, o Jeep eléctrico alia os modos Snow, Mud e Sand, mais virados para as aventuras fora de estrada, a que junta o Hill Descent Control, para conseguir lidar com descidas mais inclinadas sem que o condutor tenha de modular a pressão sobre o pedal de travão.
O Jeep Avenger é proposto em Portugal em três níveis de equipamento, nomeadamente o Longitude, o Altitude e o Summit, com preços a variar entre 37.800€ para o primeiro e 42.800€ para o terceiro, o mais sofisticado. O Avenger Altitude, ao assumir uma posição intermédia na gama, exige em troca 39.800€. Em alternativa, a Jeep propõe um renting a 48 meses por 485€ por mês, com 5000€ de entrada.