A Jeep possui uma reputação invejável no que respeita à produção de jipes puros e duros, como o Wrangler, SUV grandes e luxuosos como o Grand Cherokee, ou pequenos e acessíveis como o Renegade. Agora vai reforçar a gama com o Avenger, o seu primeiro modelo 100% eléctrico, recorrendo ao banco de órgãos da Stellantis.

O Avenger já tinha sido revelado antes do certame parisiense, quando a marca americana organizou ainda em Setembro o Jeep 4Xe, em que o Avenger foi a estrela do evento. Mas ontem, no primeiro dia do Salão de Paris, o pequeno SUV foi finalmente apresentado ao público. Tanto na versão com motor eléctrico alimentado por bateria, como a equipada com motor de combustão, esta destinada apenas a mercados menos “maduros” na electrificação, nomeadamente Itália e Espanha.

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Com 4,08 m de comprimento, o Avenger é um SUV do segmento B concebido sobre a mesma base que a Stellantis usa em modelos como o Peugeot 2008 e o Opel Mokka, também eles a montar mecânicas eléctricas ou a combustão sobre a mesma base. Curiosamente, com 4,08 metros de comprimento, o Jeep Avenger é o mais pequeno dos modelos concebidos sobre a mesma plataforma, uma vez que o DS3 anuncia um comprimento de 4,12 m, o Opel Mokka 4,15 m e o Peugeot 2008 4,3 m.

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Este é o primeiro Jeep eléctrico. Chega já em 2023

O Jeep Avenger foi concebido para a Europa e será fabricado na fábrica polaca da Stellantis, construída pela Fiat, onde nascerá igualmente a versão a gasolina, com um motor 1.2 sobrealimentado com 100 cv. Mas a versão mais ambicionada do novo SUV é a eléctrica, que usufruirá já das mais recentes evoluções do grupo dirigido pelo português Carlos Tavares.

O Avenger terá à sua disposição um motor de 156 cv (115 kW) e 260Nm, instalado à frente, com a tracção a ser igualmente assegurada pelas rodas anteriores. Se a potência é superior aos 136 cv habituais nos eléctricos da Stellantis, excepção feita para os mais recentes, a alimentá-lo está igualmente uma bateria melhorada, tanto em química como em capacidade. A química é do tipo NCM 811, em que 80% de níquel surge de mãos dadas com 10% de cobalto e 10% de manganês, uma das soluções mais eficientes do mercado. No que respeita à capacidade, a novidade é que a bateria sobe dos habituais 50 kWh para 54, com uma capacidade útil de 50,8 kWh. Daí que este SUV, mais alto do que um automóvel convencional, anuncie uma autonomia de 400 km.