Ninguém duvida que o Ferrari Purosangue, o primeiro SUV da marca do Cavallino Rampante, possui um habitáculo generoso – pelo menos, segundo os padrões dos superdesportivos. A isso alia uma bagageira com volume suficiente para não temer uma viagem de férias. Pelo que a questão é saber até que ponto o SUV italiano será capaz de lidar com o mesmo à-vontade com que devora o asfalto, os pisos menos regulares, enlameados ou cobertos de neve.

O Purosangue é um coupé de quatro portas e outros tantos lugares, com 4,973 m de comprimento, concebido para exibir as vantagens de um SUV, o que significa ser capaz de enfrentar mau piso e zonas irregulares, para o que conta com suspensões activas que ajudam à progressão em terreno difícil, como pode ler em baixo.

Ferrari Purosangue. A bordo do SUV mais veloz do mundo

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O SUV da Ferrari anuncia 310 km/h e a capacidade de ir de 0-100 km/h em apenas 3,3 segundos, o que o coloca na liderança do ranking dos mais rápidos do mercado para esta classe de veículos. Além de um chassi ligeiro, outro dos seus principais trunfos é o imponente motor atmosférico, para que os turbocompressores não belisquem o belo roncar do V12 com 6,5 litros de capacidade. Com 725 cv e 716 Nm, este é um SUV difícil de bater, até para os superdesportivos mais baixos e ágeis, com apenas dois lugares.

Vídeos publicados nas redes sociais permitem ver o Purosangue a lidar com terrenos difíceis numa estância de esqui, em estradas cobertas de neve e gelo. As imagens mostram um condutor decidido a divertir-se aos comandos de um verdadeiro puro-sangue, potente e ágil, com várias centenas de cavalos e quatro rodas motrizes.

Mas o vídeo revela também que o SUV transalpino oferece programas para adaptar o modelo às diversas condições ou estados de espírito do condutor. E tudo indica que um desses programas distribui a potência apenas às rodas traseiras, uma vez que o Purosangue revela uma aptidão notável para fazer piões perfeitos.

Já nos arranques, torna-se evidente que a tracção integral está lá, com as quatro rodas a contribuírem para a necessária tracção. Resta saber se o primeiro Ferrari a ter a sua produção esgotada para os próximos dois anos possui igualmente um modo de condução Drift, que permita aos condutores mais afoitos dar liberdade à sua criatividade e diversão ao volante.