O Presidente da República considerou que “não faz muitos elogios ao Governo”, apenas “os justos e suficientes”, tendo sido esta segunda-feira o caso para a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato.

Marcelo Rebelo de Sousa visitou esta segunda-feira a 30.ª edição da Semana de Informática do Instituto Superior Técnico, em Lisboa, acompanhado da ministra e, nos discursos que se seguiram, deixou uma palavra para o seu trabalho.

O Presidente da República não faz muitos elogios ao Governo, quando faz são justos, faz os suficientes. A senhora ministra tem, para além da sua carreira brilhantíssima, mostrado, quer no domínio do ensino superior, mas em particular na ciência e tecnologia, um dinamismo e sensibilidade para problemas fundamentais do nosso país”, disse.

Em concreto, o chefe de Estado referiu-se a um protocolo recentemente assinado entre Portugal e a universidade norte-americana de Stanford, na sequência da visita que ele próprio fez à Califórnia.

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A visita foi em setembro, ainda não acabou o mês de fevereiro e foi assinado há dias o primeiro protocolo de Stanford com Portugal”, elogiou.

Questionado pelos jornalistas, no final da cerimónia, se tem tido menos razões para elogiar o Governo nos últimos tempos, Marcelo Rebelo de Sousa disse que terá “as razões que tiver em cada momento” para elogiar ou não o executivo.

Há coisas positivas. Por exemplo, espero muito da nova equipa que foi encarregada de gerir o Serviço Nacional de Saúde. Há outras coisas que correm menos bem, já chamei a atenção para o que penso sobre o atraso da segunda parte da execução do Plano de Recuperação e Resiliência”, exemplificou.

Questionado sobre um aumento das manifestações de rua, nos últimos meses, o Presidente da República contrapôs que, na segunda metade de 2018, havia protestos de “camionistas, estivadores, enfermeiros ou função pública”.

Neste momento, temos a luta específica dos professores, muito determinada, muito contínua, e houve agora uma manifestação em Lisboa — de menor dimensão do que a dos professores — sobre o custo de vida. A democracia é isso”, disse, realçando que o mesmo se verifica em outros países, até com outra dimensão, como em França.