A justiça romena recusou esta terça-feira o pedido da defesa do antigo kickboxer americano Andrew Tate para sair em liberdade da prisão onde se encontra desde dezembro, por suspeitas de tráfico humano e crimes sexuais, em troca de uma fiança, noticia a Associated Press.

Andrew Tate e o irmão, Tristan, encontram-se detidos na Roménia desde dezembro de 2022. Inicialmente, chegou a ser divulgado que tinha sido o próprio Tate a divulgar por descuido a sua localização, ao publicar um vídeo no Twitter a provocar a ativista climática Greta Thunberg e, acidentalmente, revelar uma caixa de pizza de uma pizzaria romena — o que teria levado as autoridades a efetuarem buscas naquele local. As autoridades romenas vieram, mais tarde, contrariar esta tese, embora tenham confirmado que um dos meios usados para confirmar a localização de Tate foi a análise das suas redes sociais.

Os dois irmãos são acusados de pertencer a um grupo de crime organizado e sobre eles recaem suspeitas de tráfico humano e crimes sexuais.

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Além de Andrew e Tristan Tate, foram também detidas duas mulheres romenas, Georgiana Naghel e a antiga agente da polícia Alexandra Luana Radu, suspeitas de estarem ligadas a este grupo organizado.

A detenção dos irmãos Tate já foi prolongada pela justiça romena três vezes: em 30 de dezembro, em 20 de janeiro e em 27 de fevereiro. Das três vezes, a defesa de Tate recorreu da decisão do tribunal e perdeu.

Agora, os advogados dos irmãos Tate procuravam trocar a prisão preventiva (enquanto ainda decorrem as investigações judiciais em torno do caso) por uma fiança, mas o tribunal optou por não aceder ao pedido, uma vez que se mantém o risco — já argumentado antes — de Tate fugir para um país onde depois não seja possível a extradição para os EUA.