A taxa de mortalidade em Macau, em 2022, foi a maior desde 1991 e a taxa de natalidade a menor desde 1985, de acordo com estatísticas divulgadas esta sexta-feira pelo Governo do território.
No ano passado, registaram-se 3.004 mortes, uma subida de 684 face a 2021.
A taxa de mortalidade passou de 3,4 por mil habitantes, em 2021, para 4,4, em 2022, “sendo a mais alta desde 1991”, referiu, em comunicado, a Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), notando que “o número de óbitos mais elevado deveu-se a “tumores malignos” (970)”, seguindo-se “doenças hipertensivas” (332) e de “pneumonia” (281)”.
Por outro lado, avançou a DSEC, o número de nascimentos totalizou no ano passado 4.344, ou seja, menos 682 em termos anuais.
“A taxa de natalidade situou-se em 6,4 (por mil habitantes), sendo a mais baixa desde 1985. A mediana da idade das mães que deram à luz o primeiro bebé foi de 31 anos, mais 0,9 anos, face a 2021”, acrescentou.
As estatísticas demográficas referentes ao quatro trimestre de 2022 avançam que a população total era composta por 672.800 pessoas no final de dezembro, ou seja, menos 1,5% (10.400 pessoas) em termos anuais.
A quebra deveu-se “principalmente à diminuição do número de trabalhadores não residentes domiciliados em Macau”, de acordo com o departamento de estatística.
No que diz respeito aos trabalhadores não-residentes, grupo fortemente afetado pela imposição de restrições antipandémicas no território, estes totalizaram 154.912 no final do ano passado, uma descida de 16.186 em termos anuais.
De realçar ainda que a população feminina representava, em dezembro de 2022, 53,2% da população total, e a população idosa, com idade igual ou superior a 65 anos, correspondia a 13,3% da população total, mais 1,1 pontos percentuais em termos anuais.
O índice de envelhecimento, a relação entre a população idosa e a população jovem, situou-se, por seu turno, em 94,4%, “tendo aumentado significativamente 10,7 pontos percentuais, em termos anuais” e “refletindo que a quantidade da população idosa se aproximava cada vez mais da quantidade da população jovem”.
O ano passado viu cair ainda o número de matrimónios, com 2.727 casamentos registados, menos 550 em relação a 2021. Também os divórcios registaram uma redução, com um total de 1.106 separações, menos 209 do que no ano transato.