A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse nesta quinta-feira que os novos casos do vírus de Marburg na Guiné Equatorial são um “aviso crítico” de que os esforços de resposta ao surto têm de ser aumentados.

“A confirmação destes novos casos é um aviso crítico para aumentar os esforços de resposta para deter rapidamente a cadeia de transmissão e evitar um potencial surto em grande escala e a perda de vidas”, disse a diretora regional da OMS para África, Matshidiso Moeti, referindo-se aos oito novos casos na Guiné Equatorial anunciados esta quinta-feira pela OMS, e no mesmo dia em que o Quénia e o Uganda reforçaram as medidas de segurança face à evolução do número de casos na vizinha Tanzânia.

“O vírus de Marburg é muito virulento mas pode ser controlado e detido com uma mobilização rápida de um amplo leque de medidas de resposta a surtos”, afirmou.

A OMS anunciou esta quinta-feira mais oito casos confirmados laboratorialmente com o vírus Marburg na Guiné Equatorial, elevando para nove o número total, havendo mais 20 casos prováveis desde o início do surto. No entanto, as autoridades da Guiné Equatorial tinham relatado, até final de fevereiro, 11 mortes associadas ao surto de Marburg.

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“Desde que a primeira notificação de surto foi publicada, a 25 de fevereiro, mais oito casos confirmados em laboratório foram diagnosticados com a doença de Marburg na Guiné Equatorial, o que eleva o total para nove casos confirmados laboratorialmente e 20 casos prováveis”, lê-se num comunicado da OMS.

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O Ministério da Saúde da Guiné Equatorial continua sem divulgar o número atualizado de casos, tendo apenas escrito no Twitter que estão a ser realizadas formações sobre o vírus Marburg em Bata e Evinayong, destinados a líderes comunitários para reforçar o cumprimento das medidas de prevenção e a importância da participação comunitária”.

Já houve sete mortes confirmadas em laboratório, e todos os casos prováveis faleceram“, acrescenta a OMS, notando que “dos novos oito casos confirmados, dois eram da província de Kié-Ntem, dois do litoral e dois de províncias do centro sul” e avisando que “as áreas que estão a relatar casos distam 150 quilómetros entre elas, o que sugere uma transmissão mais ampla do vírus”.

A estes números juntam-se as 11 pessoas cujas mortes são atribuídas à doença, registadas entre 7 de janeiro e 7 de fevereiro, mas que não foram confirmadas em laboratório, pelo que o número total, desde o princípio, poderá estar nos 18 (11 sem confirmação laboratorial e sete confirmadas em laboratório).

A OMS já mobilizou peritos para este país da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) “para apoiar a resposta nacional e fortalecer o envolvimento da comunidade” e alertou que “o risco deste surto é muito elevado a nível nacional, moderado a nível regional e baixo a nível internacional”.

Em África, já houve surtos anteriores e esporádicos em Angola, República Democrática do Congo, Quénia, África do Sul e Uganda, tendo a Guiné-Conacri confirmado um caso em agosto de 2021, e o Gana também anunciou dois casos em julho de 2022.

A mais recente preocupação, para além da Guiné Equatorial, é a Tanzânia, que confirmou na quarta-feira um surto da doença que já fez cinco mortos no país.

8 novos casos e risco de “transmissão mais ampla”

A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou esta quinta-feira mais oito casos confirmados laboratorialmente com o vírus Marburg na Guiné Equatorial, elevando para nove o número total, havendo mais casos 20 prováveis desde o início do surto.

“Desde que a primeira notificação de surto foi publicada, a 25 de fevereiro, mais oito casos confirmados em laboratório foram diagnosticado com a doença de Marburg na Guiné Equatorial, o que eleva o total para nove casos confirmados laboratorialmente e 20 casos prováveis”, lê-se num comunicado esta quinta-feira divulgado pela OMS.

OMS convoca reunião de urgência sobre surto de febre hemorrágica na Guiné Equatorial

“Já houve sete mortes confirmadas em laboratório, e todos os casos prováveis faleceram”, acrescenta a OMS, notando que “dos novos oito casos confirmados, dois eram da província de Kié-Ntem, dois do litoral e dois de províncias do centro sul” e avisando que “as áreas que estão a relatar casos distam 150 quilómetros entre elas, o que sugere uma transmissão mais ampla do vírus”.

A estes números juntam-se as 11 pessoas cujas mortes são atribuídas à doença, registadas entre 7 de janeiro e 7 de fevereiro, mas que não foram confirmadas em laboratório, pelo que o número total, desde o princípio, poderá estar nos 19 (11 sem confirmação laboratorial e sete confirmadas em laboratório).

A OMS já mobilizou peritos para este país da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) “para apoiar a resposta nacional e fortalecer o envolvimento da comunidade”.

A nível nacional, alerta a organização, “o risco deste surto é muito elevado a nível nacional, moderado a nível regional e baixo a nível internacional”.

O vírus Marburg é um agente patogénico altamente perigoso que causa febre alta, muitas vezes acompanhada de hemorragia multiorgânica, e reduz a capacidade do organismo de funcionar corretamente.

É um membro da família dos filovírus, que também inclui o vírus Ébola, que tem causado várias epidemias mortais em África.

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O hospedeiro natural do vírus Marburg é um morcego africano da fruta, que transporta o vírus mas não adoece. Estes animais podem transmiti-lo aos primatas que vivem perto deles, incluindo os humanos. A transmissão intra-humana ocorre então através do contacto com sangue ou outros fluidos corporais.

As taxas de mortalidade por casos confirmados variaram entre 24 e 88% em surtos anteriores, dependendo da estirpe do vírus e do tratamento dos doentes, de acordo com a OMS.

Atualmente não existe vacina nem tratamento antiviral, mas estão a ser avaliados tratamentos experimentais, incluindo derivados do sangue, imunoterapias e terapias medicamentosas, segundo a OMS.