O Conselho de Ministros de quinta-feira, integrado no roteiro “Governo + Próximo” dedicado ao distrito de Setúbal, vai aprovar uma resolução que permitirá avançar com diversos projetos no Arco Ribeirinho Sul, sobretudo ao nível dos transportes, segundo o primeiro-ministro.

Num artigo publicado esta quarta-feira no jornal centenário O Setubalense, António Costa garante que o Governo vai continuar a investir em Setúbal, como “distrito incontornável no desenvolvimento do país“, dando como exemplo a “aposta no projeto do Arco Ribeirinho Sul, que colocará estes territórios à disposição das populações através da requalificação urbanística de importantes áreas da margem sul do estuário do Tejo”.

Os primeiros passos para a sua concretização serão dados neste ‘Governo + Próximo’, através da aprovação de uma resolução do Conselho de Ministros que permitirá, entre outros, o arranque dos trabalhos técnicos das próximas fases da expansão do Metro Sul do Tejo e a concretização de projetos para a construção de novas ligações entre o Barreiro e o Montijo e o Barreiro e o Seixal, de um novo terminal fluvial na Moita e do ‘Passeio do Arco Ribeirinho Sul’, via pedonal, ciclável e de estrutura verde, garantindo a ligação de Almada a Alcochete”, afirma.

No artigo, com o título “Chegou a hora de Setúbal“, António Costa recorda que “o Arco Ribeirinho Sul, que envolverá seis municípios (Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo e Seixal), será um território pensado para a utilização equilibrada do espaço: terá espaços de habitação, serviços, indústria tecnológica e lazer”.

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Na opinião do primeiro-ministro, “Setúbal já não é um distrito satélite, nem vive na sombra de ninguém”, como aconteceu no passado — em que se tornou num dormitório devido à proximidade de Lisboa —, mas é um distrito que cresceu e que se assumiu pelos próprios méritos, evolução que fez o Governo lutar para que fosse criada uma nova NUTS II (nomenclatura de unidade territorial para fins estatísticos e que serve de critério para receber fundos europeus) para a Península de Setúbal, aprovada no início deste ano.

Referindo-se a Setúbal como “um distrito único”, António Costa salienta que se trata de uma região que “em pouco mais de cinco mil quilómetros quadrados combina o que poucos países oferecem em todo o seu território”.

A maior praia da Europa e a maior empresa exportadora de Portugal, um parque natural que se estende por 35 quilómetros, mas contém 40% da flora portuguesa, e um dos maiores portos da União Europeia (o de Sines)” são vantagens enumeradas pelo socialista.

Na caracterização do distrito, António Costa destaca também o facto de se tratar de território com mais de 89.000 empresas, com uma região vinícola com mais de 8.000 hectares.

É o terceiro distrito mais populoso do país, depois de Lisboa e Porto, mas também um dos destinos de férias mais cobiçados do mundo. Tem serra, planície, rio, mar… e uma das universidades mais inovadoras do país. Só pode continuar a crescer”, sustenta o chefe do Governo.