A ex-presidente executiva da TAP despediu-se esta quinta-feira dos trabalhadores com uma carta onde destaca que a empresa está mais forte e que tem “todas as condições para continuar a prosperar e a alcançar ainda mais sucesso”.
Um dia após ser anunciada sua substituição em assembleia geral, num processo desencadeado pelo Estado, Christine Ourmières-Widener não refere na mensagem aos trabalhados da TAP o processo de despedimento de que foi alvo na sequência do pagamento de uma indemnização a Alexandra Reis. Mas diz que se despede “com imensa tristeza” da TAP “ao fim de quase dois anos…”.
Opta por destacar os aspetos que considera positivos da sua passagem inferior a dois anos na presidência da TAP, como o cumprimento do plano de reestruturação “mesmo antes do previsto, graças ao desempenho financeiro da Companhia, que é fruto do esforço de todos, tendo sido já possível mitigar os cortes salariais, que sempre foi uma prioridade”.
Destaca ainda a resolução nos últimos dias em que esteve em funções de “mais um problema antigo: a assinatura do acordo com a Menzies, relativo à Groundforce. É mais um importante passo para o caminho de recuperação. E representa uma das maiores mudanças estruturais a seguir ao encerramento da ME Brasil”. E aponta a manutenção de uma presença forte no principal mercado internacional, Brasil.
A ex-presidente, que refere a honra de ter sido a primeira mulher na liderança executiva da empresa, diz que a TAP é uma “companhia resiliente, que sobreviveu à pandemia do Covid-19 e já recuperou praticamente a 100% a sua atividade” e pode tirar partido da sua posição geográfica privilegiada.
Termina a agradecer o apoio e a confiança em si depositada e agradece “a oportunidade de trabalhar com pessoas brilhantes, que formam o pilar de sucesso da TAP.” E diz que a palavra mais importante que aprendeu nos dois anos em Portugal é o que leva em relação à empresa e aos seus colaboradores: “Saudade”.
O novo presidente da TAP, Luís Rodrigues, irá tomar posse esta sexta-feira.
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