Os salões automóvel são uma excelente forma para um construtor mostrar os seus novos modelos aos potenciais clientes. Hoje, esta prática está a perder força, sobretudo devido aos avultados custos associados a este tipo de eventos, especialmente quando realizados na Europa, mas o mesmo não acontece na China. Daí que a Mini tenha rumado ao Salão de Xangai para revelar tudo o que tem de novo. Contudo, o evento não lhe correu de feição.

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De acordo com a Reuters, a Mini tornou-se o segundo tópico mais procurado na rede social chinesa Weibo, atingindo mais de 93 milhões de views. Lamentavelmente para este construtor do Grupo BMW, os visitantes não iam à procura de informações sobre os modelos expostos na área reservada ao construtor criado por Sir Alec Issigonis nos anos 60 em Inglaterra, mas sim para perceber e comentar uma confusão relacionada com gelados.

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O Mini Cooper SE Convertible eléctrico foi uma das estrelas da marca no certame chinês

A Mini levou a Xangai o Cooper SE Convertible eléctrico, bem como o Spike, o assistente pessoal da marca, e o Mini Concept Aceman, visto como o percursor do futuro crossover 100% a bateria. E compreende-se a aposta da marca nesta presença no certame chinês, uma vez que apesar de se tratar de uma marca originalmente britânica, que há muito foi adquirida por um grupo alemão e que tem beneficiado da forte ajuda do seu Governo para fazer frente aos prejuízos provocados pela pandemia, ainda assim optou por produzir na China o novo Mini eléctrico pelas vantagens que este país oferece em termos de custos.

As funcionárias que deviam servir gratuitamente gelado aos visitantes acabaram por originar um incidente que manchou a presença da Mini no Salão de Xangai

Para atrair os visitantes à sua área reservada no salão, os responsáveis pela Mini decidiram distribuir gelados, como forma de adoçar a boca aos fãs da marca. Só que o doce rapidamente se transformou em fel, quando foi publicado na Weibo, uma espécie de Facebook chinês, um vídeo em que as hospedeiras negavam um gelado a um visitante chinês, alegando que tinha acabado, para instantes depois oferecerem um gelado a um visitante estrangeiro.

As explicações da Mini ao “geladogate”

Na rede social dispararam as críticas, com o Grupo BMW a recordar que serviram mais de 300 doses de gelado sem problemas, até que a funcionária favoreceu um estrangeiro em detrimento de um chinês. Apesar do esforço de relações públicas, a Weibo registou inúmeros comentários de utilizadores que se recusam a acreditar que a empregada tenha decidido prejudicar um conterrâneo sem ordens superiores. Independente de quem tenha razão, este é mais um caso em que um “miminho” de 1 euro (ou 7,57 Yuan, ao câmbio actual) pode colocar em causa um investimento de milhões.