O antigo presidente do PSD Luís Marques Mendes disse este domingo que uma sondagem da Aximage coloca pela primeira vez o PSD à frente do PS no que toca às próximas eleições legislativas. A sondagem foi, entretanto, publicada esta segunda-feira pelo Diário de Notícias.
No seu espaço de comentário semanal na SIC, Marques Mendes afirmou que “segunda-feira, vai sair uma nova sondagem na TSF, Diário de Notícias e Jornal de Notícias, feita pela Aximage em que o PSD está ligeiramente à frente do PS”.
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Embora não tenha revelado os números que cabem a cada partido, Marques Mendes garantiu que o PSD leva uma vantagem de “três décimas” sobre o PS. É a “primeira vez nestes últimos anos” que a sondagem regular da Aximage — que este domingo já tinha sido parcialmente divulgada, no que toca à avaliação dos principais protagonistas políticos do país — coloca os sociais-democratas à frente dos socialistas.
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Mais: segundo Marques Mendes, o PS perde “13 pontos percentuais” em relação aos últimos resultados eleitorais. Em 2022, o PS obteve 41,37% dos votos, o que significa que a sondagem deverá colocar as intenções de voto nos socialistas em torno dos 28%.
Segundo o antigo líder e governante social-democrata, que tem sido apontado como um possível candidato presidencial para suceder a Marcelo Rebelo de Sousa, as sondagens desfavoráveis e a possibilidade de um cenário de eleições antecipadas são as duas grandes preocupações do Governo neste momento — motivo que está a levar o Governo a usar trunfos eleitorais, como o aumento intercalar das pensões anunciado na semana passada, medida destinada aos pensionistas, que representam um segmento substancial de eleitores do PS.
TAP. Caso do parecer “mina a credibilidade do Governo”
Marques Mendes falou também sobre a polémica em torno do parecer sobre o despedimento da antiga CEO da TAP — que, afinal não existe, segundo o Fernando Medina —, considerando que é um caso que “mina a credibilidade do Governo”.
No espaço de comentário, o ex-líder social-democrata lembrou como as ministras Mariana Vieira da Silva e Ana Catarina Mendes reconheceram a existência de um parecer e como o ministro Fernando Medina a negou, e classificou o assunto como uma “trapalhada”.
Na opinião de Marques Mendes, haverá mesmo um “parecer, ou pareceres”, mas serão “desfavoráveis à posição do Governo”, motivo pelo qual o executivo não os revela. “Acha que aquelas duas ministras diziam que há parecer sem haver?”, questionou.