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Jack Teixeira deverá ser presente a tribunal esta quinta-feira, depois de ter sido detido pelas autoridades norte-americanas, por suspeitas de ser o autor da divulgação dos documentos secretos do Pentágono, que continham, sobretudo, informações sobre o futuro da guerra na Ucrânia. E os procuradores avançaram com novas informações sobre o caso, numa sessão que esteve marcada para o dia 19 de abril e acabou por ser adiada para esta quinta-feira. De acordo com os documentos oficiais, referiu o New York Times, os procuradores consideraram que foi encontrado um histórico “preocupante”, uma vez que o lusodescendente terá feito comentários racistas e violentos.

Jack Teixeira fazia “regularmente comentários sobre violência e assassinatos”, tendo inclusive falado em “matar uma tonelada de pessoas” porque isso seria “abater os de mente fraca”. No documento de 18 páginas, distribuído antes do início da sessão, os procuradores defenderam que o jovem deveria continuar detido, especialmente depois da análise que fizeram a seu computador e que revelou o histórico de pesquisa de Jack Teixeira. Entre as pesquisas, as autoridades encontraram tiroteios em massa, como o que aconteceu numa escola primária em Uvalde, no Texas, onde morreram 19 crianças e dois adultos.

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Os procuradores fizeram ainda referência a 2018, ano em que Jack Teixeira foi suspenso do ensino secundário por comentários impróprios e por utilizar cocktails molotov. E Jack Teixeira terá utilizado a plataforma Discord, rede onde terão sido inicialmente publicadas algumas fotografias dos documentos oficiais do Pentágono, para fazer comentários sobre “violência e assassinato”.

Apesar de ter sido detido pouco tempo depois de as informações confidenciais terem começado a circular, a acusação referiu ainda que o lusodescendente terá tentado destruir provas. Por exemplo, Jack Teixeira terá destruído um tablet, que foi depois colocado num caixote do lixo perto de sua casa, em Massachusetts, ainda antes de ter sido preso. “Qualquer promessa de ficar em casa ou abster-se de aumentar os estragos que já causou não vale mais do que uma promessa quebrada de proteger informações confidenciais da defesa nacional”.

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Na semana passada, a defesa de Jack Teixeira pediu mais tempo para se preparar, o que levou ao adiamento da sessão. Por isso, o lusodescendente deverá ficar a saber esta quinta-feira se vai ficar ou não em prisão preventiva.