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Aumentam os indícios de crimes de guerra russos cometidos contra prisioneiros de guerra ucranianos. O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) publicou no Telegram o que diz ser um telefonema intercetado e no qual se pode ouvir um soldado russo a admitir ter morto prisioneiros de guerra.
“Os ocupantes admitem que estão a matar prisioneiros de guerra ucranianos depois da interrogação. Os assassinatos são levados a cabo da forma mais brutal — os pescoços dos prisioneiros são cortados“, acusa o SBU na publicação na rede social.
“Tens de esfaquear a pessoa um bocadinho. Mas não é a primeira vez para mim”, diz o homem. “As pessoas que são prisioneiros de guerra (…), não há porque mantê-las. Porque nós obtemos toda a informação deles (…) eles têm que ser descartados”.
De acordo com o SBU, a conversa telefónica foi intercetada no leste do país, com os alegados crimes de guerra a ocorrerem na região de Kharkiv.
O SBU diz ainda que o soldado russo em questão é Yevgeny Suchko, de 28 anos, natural da região de Novgorod. Suchko terá sido mobilizado para a Ucrânia no outono, sendo destacado para a região de Kharkiv. À conversa com uma mulher não-identificada, o soldado diz ainda que está pronto para cometer mais assassinatos no futuro.
A execução sumária de prisioneiros de guerra é considerada um crime de guerra ao abrigo das Convenções de Genebra. Recentemente, as autoridades ucranianas disseram ter indícios de mais de 80 mil crimes de guerra cometidos por Moscovo desde o início da invasão.